O rosto do homem mais rico do mundo pode mudar em 2025 – e, se algumas previsões se concretizarem, talvez nem saibamos quem ele é. Em 2024, muitos investidores celebraram ganhos extraordinários com o bitcoin (BTC). Mas ninguém se beneficiou tanto quanto o maior promotor da criptomoeda: Satoshi Nakamoto.
Após o bitcoin atingir o recorde histórico de US$ 108.135 na terça-feira (17), o criador anônimo da moeda digital se tornou a 12ª pessoa mais rica do mundo, ultrapassando Bill Gates, com uma fortuna estimada em US$ 117 bilhões.
Analistas da Bitwise acreditam, porém, que este marco pode ser apenas o começo de uma escalada ainda maior do bitcoin — e do próprio Nakamoto.
Caso o novo governo dos Estados Unidos leve adiante a proposta de criar uma reserva estratégica de 1 milhão de BTC, o preço da criptomoeda pode disparar para US$ 500 mil ou mais. Isso elevaria a fortuna de Nakamoto para cerca de US$ 550 bilhões, desbancando Elon Musk e colocando-o no topo da lista como a pessoa mais rica do planeta.
Uma fortuna invisível
Embora seu nome não conste em nenhuma lista oficial de bilionários devido ao anonimato, a estimativa de sua fortuna vem de estudos realizados pela Arkham Intelligence, uma plataforma especializada em rastreamento de blockchains.
Segundo a Arkham, aproximadamente 1,1 milhão de bitcoins estariam associados ao criador da criptomoeda.
O ano foi uma montanha-russa nas cadeiras das pessoas mais ricas do planeta. E a explosão do bitcoin colocou Sakamoto à frente de alguns nomes famosos.
Um deles, já mencionado, é o fundador da Microsoft, Bill Gates, com uma fortuna de US$ 107 bilhões. Outra dupla ultrapassada são Jim Walton (US$ 111 bilhões) e Rob Walton (US$ 113 bilhões), herdeiros do WalMart.
O criador do bitcoin está cada vez mais próximo de entrar no top 10 dos mais ricos do mundo. Atualmente, a 10ª posição no ranking da Forbes pertence ao empresário espanhol Amancio Ortega — fundador da Inditex, dona de marcas como a Zara — cuja fortuna é estimada em US$ 119 bilhões.
O mistério por trás do bitcoin
Uma das figuras mais enigmáticas e possivelmente uma das mais ricas do planeta é também um dos maiores mistérios da tecnologia.
Diversas teorias já foram levantadas sobre sua identidade, mas nenhuma resposta definitiva foi encontrada. Até mesmo a HBO se aventurou nesse enigma, produzindo o documentário Money Electric, dirigido por Cullen Hobak.
Não se sabe ao certo o gênero, nacionalidade ou mesmo se “Satoshi Nakamoto” se refere a uma pessoa ou a um grupo.
Tudo o que conhecemos sobre o criador do bitcoin está atrelado a esse pseudônimo, que já era mencionado em fóruns on-line e e-mails com desenvolvedores antes mesmo do surgimento da criptomoeda.
O bitcoin foi oficialmente lançado em 3 de janeiro de 2009, mas sua origem está profundamente ligada à crise financeira de 2008.
Meses antes de minerar o primeiro bitcoin, Nakamoto publicou um white paper em uma lista de e-mails sobre criptografia. O documento, intitulado “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System”, foi divulgado em 31 de outubro de 2008 e apresentou um protocolo descentralizado e seguro que introduziu a tecnologia de blockchain como a conhecemos hoje.
No white paper, Nakamoto descreveu o bitcoin como uma “versão puramente peer-to-peer de dinheiro eletrônico” que possibilitaria “pagamentos online serem enviados diretamente de uma parte para outra, sem a necessidade de uma instituição financeira ou intermediários”.
Satoshi trabalhou no software do bitcoin até 2010, quando delegou o controle a outros desenvolvedores.
Em 23 de abril de 2011, enviou sua última mensagem aos primeiros colaboradores do projeto, anunciando seu afastamento definitivo. Em suas próprias palavras, Nakamoto declarou “segui em frente para outras coisas”.
Mas antes de aposentar seu papel no bitcoin, seu criador acumulou uma quantidade significativa do criptoativo, possivelmente como o primeiro minerador da rede, que naquela época era a única forma de obter a criptomoeda.
Desde o lançamento do bitcoin em 2009, nenhuma das moedas associadas às carteiras de Nakamoto foi vendida.
*Com informações do Money Times e da Cointelegraph
Fonte: SeuDinheiro