A temporada de resultados continua a todo vapor aqui no Brasil, e na manhã desta quarta-feira (30) foi a vez da Weg (WEGE3) publicar seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano. As expectativas eram altas — mas a “fábrica de bilionários” continua a todo vapor.

Em relação aos últimos 12 meses, tanto receitas quanto lucro e Ebitda — métrica do mercado para avaliar a geração de caixa de uma empresa — cresceram na casa dos dois dígitos.

O destaque foi o crescimento da receita do mercado externo, que cresceu 40,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

As ações WEGE3 tiveram uma valorização de quase 80% nos últimos 12 meses até o fechamento dos negócios na última terça-feira (29). Nesta quarta-feira (30), as ações caem mais de 4%.

No entanto, analistas lançaram luz sobre algumas linhas do balanço que chamam a atenção da Weg — e para o investidor observar no futuro.

Veja os resultados da empresa no 3T24: 

Indicador 3T24 Var% (3T24 vs 3T23)
Lucro Líquido (R$) R$ 1,578 bilhão 20,40%
Receita Operacional Líquida (R$) R$ 9,856 bilhões 22,10%
EBITDA (R$) R$ 2,224 bilhões 27,90%
Margem EBITDA (%) 22,60% 1,1 p.p.
Margem Líquida (%) 16,00% -0,2 p.p.
Retorno Sobre o Capital Investido (%) 37,10% 1,7 p.p.
Fonte: Balanço da Weg (CVM)
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O que é preciso acompanhar na Weg (WEGE3)? 

Na visão dos analistas do BTG Pactual, a margem Ebitda cresceu aquém do esperado neste trimestre. “A margem mais fraca deve causar algum debate hoje”, escrevem.

Contudo, esse dado deve ser colocado em perspectiva: no segundo trimestre deste ano, a margem Ebitda atingiu um recorde da empresa, de 22,9% — ou seja, ainda está próxima do topo, ainda que tenha recuado em relação ao trimestre encerrado em setembro.

“Dado que alguns especialistas estavam prevendo um resultado melhor — e pensamos que era possível —, talvez haja uma pequena frustração hoje. Mas uma pequena”, escrevem os analistas.

No entanto, se os analistas do BTG chamaram a atenção desse número, os especialistas do JP Morgan entendem que as margens permanecem fortes, com o indicador bruto atingindo recorde, a 34,5%, um crescimento de 2,1 p.p. na comparação anual.

Porém, as despesas operacionais cresceram 32% na comparação com o mesmo período de 2023, acima do topo das estimativas, o que chamou a atenção dos analistas. No entanto, eles ainda esperam uma reação neutra dos investidores.

Fonte: SeuDinheiro

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