O Ibovespa (IBOV) inicia a segunda semana de setembro 1,05% abaixo do patamar em que operava na segunda-feira anterior (2). A cotação do principal índice da bolsa brasileira começa influenciada pelas expectativas dos investidores dos dados da inflação brasileira e pelo movimento na taxa de juros na Europa.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação no Brasil, de agosto será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10).
O indicador prévio (IPCA-15) apontou alta de 0,19% na média de preços de serviços e produtos.
No mercado externo, a atenção dos analistas está voltada para a taxa de juros na Europa – a expectativa é que o Banco Central Europeu (BCE) corte novamente os juros.
Queda generalizada
Na sexta-feira (6), o Ibovespa acompanhou o tom negativo das bolsas de Nova York e dos principais índices de ações europeus, que também fecharam o dia e a semana no vermelho.
A queda generalizada se deu diante dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos e na fraqueza das commodities.
Ao final do pregão de sexta-feira, o IBOV ficou cotado aos 134.572,45 pontos, queda de 1,41% no dia – na semana, a baixa acumulada foi de 1,05%.
O dólar, por sua vez, terminou o dia com alta de 0,34% – O USBRL terminou a sessão cotado a R$ 5,5901. No acumulado da semana, porém, a moeda norte-americana caiu 0,80%.
Os vilões do Ibovespa
Alguns fatores parecem ter pesado no humor. Para começar, os velhos riscos fiscais voltaram aos holofotes.
O governo divulgou o Orçamento para 2025 e precisará de mais de R$ 150 bilhões de receitas extraordinárias para conseguir fechar o ano com um déficit zero, o que soa bastante otimista aos olhos do mercado e aumenta a desconfiança com o cumprimento da meta.
Outro episódio que pesou no sentimento foi o bloqueio da plataforma X, o antigo Twitter. Sem entrar nas questões jurídicas, aos olhos do investidor estrangeiro, que está longe e não tem muita familiaridade de como as coisas funcionam por aqui, a decisão ajuda a trazer um pouco de insegurança, e em alguns casos pode até forçar algumas retiradas, justamente quando o fluxo de dinheiro estrangeiro parecia começar a querer engrenar por aqui, com o segundo mês consecutivo de aportes gringos positivos.
Fonte: SeuDinheiro