O mercado reage animado na manhã desta quinta-feira ao balanço do IRB Brasil, relativo aos resultados do segundo trimestre de 2024. Às 10h34, a ação subia 17%, cotada a R$ 38,09.

O otimismo se deve ao bom resultado apresentado entre abril e junho, mesmo em condições para lá de adversas.

Apesar de um aumento de R$ 257 milhões nos custos decorrentes de sinistros adicionais das enchentes do Rio Grande do Sul, além de R$ 107 milhões provisionados para futuros sinistros, a resseguradora reportou lucro líquido de R$ 65 milhões.

O resultado, apesar de representar uma queda de 17% em relação ao trimestre anterior, mostra resiliência perante a tragédia, o que foi interpretado como positivo. Já na comparação anual com o 2T23, a alta é de 224%.

Prova do bom desempenho é a queda do índice de sinistralidade, que ficou em 65%, ante 73% no ano anterior, mesmo com o impacto das enchentes.

O resultado financeiro subiu 85% na base anual, indo de R$ 83 milhões para R$ 153 milhões e 15% na base trimestral, já que de janeiro a março foi de R$ 130 milhões.

Já o resultado patrimonial caiu 1,2%, de R$ 12,9 para 12,7 milhões, mas subiu 6,5% em relação ao trimestre anterior.

Na avaliação do BTG Pactual, o segundo trimestre representou uma “redução de risco massiva” para o case de IRB. Nesta lógica, o banco elevou sua recomendação de “neutra” para “compra”, mirando o preço-alvo de R$ 40 por ação — que chegou inclusive a ser brevemente atingido na manhã de hoje.

O BTG também entende que a queda acumulada de IRB no ano (26% até o pregão de hoje), foi muito acentuada em relação a seus principais pares, o que criou uma assimetria que favorece a valorização da empresa.

Com a pressão da curva de juros no Brasil, ainda existe a expectativa de que a resseguradora tenha um resultado financeiro melhor do que o projetado nos próximos semestres, dado o potencial de alta da taxa Selic.

A resiliência do IRB e a recomendação de compra pelo BTG Pactual parecem indicar que o IRB parece finalmente posicionado para deixar no passado a crise iniciada em 2020, quando a gestora Squadra lançou luz sobre as graves inconsistências contábeis no balanço da resseguradora.

Fonte: SeuDinheiro

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