Metade do aumento de capital de R$ 24 bilhões homologado pela Americanas (AMER3) no final de julho veio da capitalização de crédito de credores da companhia, que foram convertidos em cerca de 9 bilhões de ações.
Agora, esse papéis que estavam na mão dos credores poderão ser negociados na bolsa a partir da próxima quinta-feira (15).
O acordo entre a varejista e os detentores de débitos previam um lock-up. Ou seja, havia um bloqueio da compra e venda dos ativos fruto da conversão já previsto no plano de recuperação judicial aprovado no final do ano passado e homologado em fevereiro.
O que diz a B3
Um comunicado enviado pela B3, operadora da bolsa brasileira, aos participantes do segmento listado na segunda-feira (12) reforçou que só processará qualquer transação envolvendo essas ações, incluindo alienações, transferências e aluguéis, a partir do próximo pregão.
“Caso a B3 identifique transações durante o período de bloqueio intermediário, apenas as ações livres de bloqueio poderão ser utilizadas para liquidação nos dias 15 e 16/08/2024, não sendo permitido o uso das novas ações para esse fim.
A B3 destacou ainda que as novas ações serão disponibilizadas na carteira livre a partir de amanhã.
Ações da Americanas (AMER3) despencaram 19% hoje
Vale relembrar que os papéis da Americanas (AMER3) recuaram 19% nesta terça-feira (14). Além disso, a divulgação dos balanços atrasados de 2023 e do primeiro trimestre deste ano da varejista está marcada para hoje
A publicação das demonstrações financeiras em questão foi adiada diversas vezes. A última ocorreu em julho, pouco após a companhia receber os resultados da investigação que confirmou uma fraude bilionária nos balanços.
Na época, a Americanas informou que o adiamento visava permitir que os auditores analisassem o material apresentado, concluíssem os trabalhos e reavaliassem a possibilidade de emitir opinião sobre as DFs.
Apesar da demora na publicação dos resultados, a varejista já havia dado um “spoiler” dos números ao mercado. Em junho, a Americanas publicou alguns dados dos balanços, com a ressalta de que eles não eram auditados.
Veja aqui o que esperar dos números e relembre o escândalo contábil que provocou o atraso nos dados e levou a companhia à recuperação judicial.
Fonte: SeuDinheiro