Depois de passar por pedras, montanhas e fendas, enfim, o cume. Essa poderia ser a descrição da escalada como esporte, mas é a definição do Ibovespa nesta quinta-feira (15). O principal índice da bolsa brasileira superou a maior pontuação até então, os 134.391 pontos atingidos em dezembro de 2023. 

Eram início da tarde quando o Ibovespa ultrapassou essa marca e chegou aos 134.405,06 pontos, com um avanço de 0,82%. Há pouco, o índice mantinha o ritmo de alta, subindo 0,82%, aos 134.411,85 pontos.

Já o dólar à vista tinha alta de 0,06%, a R$ 5,4728, enquanto o dólar para setembro de 0,07%, a R$ 5,4830. Entre as taxas de Depósito Interfinanceiro (DI), a do contrato para janeiro de 2026 subia a 11,500%, de 11,411% no ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 avançava a 11,465%, de 11,355%.

A nova máxima do Ibovespa, no entanto, não pegou os investidores de surpresa. Nas últimas sessões, o Ibovespa vinha renovando recordes intradiários sucessivos — só nesta quinta-feira foram mais de dez durante a sessão. 

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O impulsionador do novo recorde do Ibovespa

Se, na escalada, é necessário cordas e equipamentos para chegar ao cume, no caso do Ibovespa, foi preciso a ajuda das bolsas norte-americanas

O novo recorde do Ibovespa reflete a alta em Wall Street, passado o temor de que a maior economia do mundo não entrará em recessão após o resultado forte das vendas no varejo do país. 

Em julho, as vendas no varejo dos EUA subiram 1% ante junho, para US$ 709,7 bilhões, segundo dados com ajustes sazonais divulgados hoje pelo Departamento do Comércio. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,3% no período.

O indicador e outros de atividade informados hoje nos EUA afastaram mais a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) cortar em 0,50 ponto percentual os juros em setembro. Atualmente, a taxa por lá está entre 5,25% e 5,50% ao ano, o maior patamar em mais de duas décadas. 

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Temores fiscais e ruídos ainda rondam o Ibovespa

A máxima histórica do Ibovespa não veio sem pedras no percurso — temores fiscais e ruídos políticos ainda rondam a bolsa brasileira. 

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, adiou a votação do projeto de lei da desoneração para a próxima terça-feira (2). 

Do lado econômico, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a falar sobre a Petrobras (PETR4), reforçando que está entre as prioridades da estatal o investimento em refino e fertilizantes. Hoje, a petroleira anunciou um aporte de R$ 870 milhões na área.

As bolsas lá fora

Embora o Ibovespa venha registrando valorização desde cedo, a alta é inferior à vista nas outras bolsas globais. 

Em Nova York, por exemplo, o Nasdaq sobe mais de 2%, enquanto o Dow Jones avança 1,24% e o S&P 500, 1,42%. 

Na Europa, as principais bolsas da região também encerraram o dia com ganhos superiores a 1%, a exceção foi Londres, que teve uma alta de 0,80%. 

Fonte: SeuDinheiro

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