Outubro está cheio de noticias positivas para as ações da Moura Dubeux (MDNE3). Após a companhia divulgar uma prévia operacional que agradou o mercado no início do mês, o Banco Safra iniciou a cobertura dos papéis com recomendação de outperform — equivalente à compra.

Em um relatório divulgado na noite de ontem (20), os analistas anunciaram a recomendação e o preço-alvo de R$ 21,50 para 2025. A cifra implica em um potencial de alta de 43% para as ações, na comparação com o fechamento do pregão anterior à publicação.

O Safra relembrar que, apesar da alta recente dos juros futuros — um dos fatores que atrapalha a performance da bolsa em 2024 —, os papéis MDNE3 foram impulsionados pelos resultados “impressionantes” da companhia nos últimos trimestres e acumulam alta de 17% no ano, contra perdas de 8% das ações de pares dos segmentos de média e alta renda.

“Mesmo assim, prevemos um valuation atrativo que implica um desconto de 21% em relação à média de seus pares”, citam os analistas.

Os três pilares por trás das ações da Moura Dubeux (MDNE3)

Mas o desconto das ações não é o único fator que atrai o Safra, que relembra que a Moura Dubeux é maior incorporadora do Nordeste. A liderança de mercado na região, o que facilita na promoção de vendas futuras, é um dos pilares que sustentam a visão favorável dos analistas para as ações.

Outro ponto positivo é o modelo de negócios adotado pela companhia, considerado “único” pelo Safra. No sistema, chamado de condomínio, a construção é financiada por meio de taxas pagas pelos compradores e investidores. A estratégia garante uma baixa exposição de caixa e margens mais altas para a empresa.

“O modelo alcançou margem bruta trimestral média de 49% desde o seu IPO (vs. 26% na divisão de desenvolvimento) e também permite que a empresa alcance índices de retorno mais elevados dada a menor exposição de caixa”, afirmam os analistas.

O terceiro pilar para a recomendação de compra do Safra para as ações MDNE3 é a “história de crescimento convincente com uma perspectiva de lucros sólida“.

O banco cita que, desde a abertura de capital, em 2020, a empresa entregou uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 40%. E a “excelente performance” de vendas” do último ano reduziu o estoque para “saudáveis” 11 meses, nível positivo para os lançamentos futuros.

Além disso, os analistas destacam que a empresa conseguiu construir um “robusto” banco de terrenos e manter uma alavancagem saudável, mesmo em meio à aceleração dos canteiros, o que deve puxar o lucro da Moura Dubeux para cima nos próximos anos.

Fonte: SeuDinheiro

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