Os balanços do segundo trimestre definiram a ponta negativa do Ibovespa nesta semana. O grande destaque do período foi o tombo das ações da Usiminas (USIM5), que derreteram mais de 25% após a siderúrgica publicar números que desapontaram analistas e investidores.

O mesmo ocorreu com os papéis do Carrefour Brasil (CRFB3), que também caíram forte após o balanço mesmo com a companhia voltando a dar lucro e superando as expectativas do mercado para o segundo trimestre.

Confira abaixo as ações que completam a lista de cinco maiores quedas do principal índice acionário da B3 na última semana:

Empresa Variação
Usiminas (USIM5) -25,79%
Carrefour Brasil (CRFB3) -10,54%
Assaí (ASAI3) -6,64%
Magazine Luiza (MGLU3) -5,41%
Cogna (COGN3) -5,39%
Fonte: Tradingview
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O que afetou as ações da Usiminas (USIM5)

A performance negativa da Usiminas reflete números abaixo do previsto pelo mercado. O Goldman Sachs, por exemplo, considerou que o balanço da Usiminas foi fraco.

“Embora as expectativas trimestrais já tenham sido baixas devido ao guidance anterior da gestão, os custos foram superiores ao esperado e levaram a um Ebitda significativamente abaixo das projeções”, escrevem os analistas em relatório publicado ontem.

O indicador de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização citado pelo Goldman Sachs ficou em R$ 298 milhões no segundo trimestre. A cifra representa uma queda de 32,5% ante o mesmo período do ano passado e também ficou 35% abaixo das expectativas do banco de investimentos.

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A métrica também ficou 40% abaixo da projeção do Itaú BBA para o 2T24 e, segundo os analistas, é explicada pela realização de preços mais fraca do que o esperado no mercado siderúrgico doméstico.

“Acreditamos que a expectativa da companhia de custos estáveis na divisão de aço pode ser uma decepção para os investidores, que estavam mais otimistas quanto a maiores ganhos de eficiência”, diz o Itaú BBA.

Desempenho do Carrefour Brasil (CRFB3) não é unanimidade entre os analistas

Além da Usiminas, o Carrefour Brasil também foi penalizado pelo balanço do segundo trimestre. Embora tenham ressaltado os números sólidos e a perspectiva de lucros, analistas de grandes bancos frisaram alguns pontos de atenção. 

Para o Goldman Sachs, a alta nas vendas das empresas do grupo Carrefour foi um destaque. No entanto, a estratégia da companhia de adotar preços mais agressivos e ofertas parceladas pressionou a margem bruta e o capital de giro. 

Já os analistas do Itaú BBA lembraram que a dívida líquida do Carrefour aumentou em R$ 2 bilhões no segundo trimestre, refletindo a deterioração nas tendências de capital de giro causada pelo aumento nas vendas parceladas nas lojas Atacadão.

BTG Pactual, por sua vez, decidiu adotar uma postura neutra em relação à ação. O banco também destacou o resultado melhor que o esperado, mas crê que a integração do Grupo Big manterá os resultados pressionados no curto prazo. 

Fonte: SeuDinheiro

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