“Ouro vale mais do que dinheiro”. O mercado financeiro está fazendo valer o bordão famoso de Silvio Santos. Em 2024, a demanda pelo metal precioso atingiu um novo recorde e tudo indica que os olhos dos investidores continuarão a brilhar neste ano.
A compra da commodity em 2024 somou 4.974 toneladas, acima das 4.899 toneladas de 2023, de acordo com dados do Conselho Mundial do Ouro. Os dados, que incluem os chamados investimentos de balcão (OTC, na sigla em inglês), mostram que essas aquisições foram lideradas pelos bancos centrais.
- OTC é abreviação de over-the-counter, que em português quer dizer “sobre o balcão”. Trata-se de um tipo paralelo de mercado financeiro, onde não há uma regulamentação tão rígida e nem muitas burocracias no momento das negociações. Você pode saber mais aqui.
“Em 2024, a demanda global por ouro atingiu uma nova alta trimestral e um total anual recorde impulsionado por maiores incertezas geopolíticas e econômicas“, disse Shaokai Fan, chefe global de bancos centrais do Conselho Mundial do Ouro.
Bancos centrais: apetite insaciável por ouro
O apetite dos bancos centrais por ouro ajudou a fazer com que o ritmo de compras do metal em 2024 superasse 1.000 toneladas pelo terceiro ano seguido.
A Polônia foi a principal compradora líquida considerando os bancos centrais de cada país, adicionando 90 toneladas às reservas.
Em seguida aparecem Turquia, com 75 toneladas, e a Índia, com compras constantes todos os meses, exceto dezembro.
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Investimento em ouro avança, mas para joias…
De acordo com o Conselho Mundial do Ouro, a demanda no setor de joias, que tem sido pressionado por preços mais altos, foi moderada, com o consumo caindo 11% ano a ano — o único caso atípico, já que outros segmentos avançaram.
Os preços do ouro estão em alta. Só no ano passado, renovaram recorde 40 vezes e este ano seguem beliscando máximas.
Nesta quarta-feira (5), os futuros de ouro negociados na Bolsa Mercantil de Nova York subiram para US$ 2.875,80 por onça, segundo a FactSet.
Por isso, o Conselho Mundial do Ouro acredita que a demanda por joias deve continuar fraca em 2025.
Já os investimentos, esses sim, seguiram em expansão: subiram 25% para o maior nível em quatro anos, ao atingir 1.180 toneladas, amplamente alimentado por fundos negociados em bolsa de ouro.
Da mesma forma, a demanda por barras e moedas de ouro permaneceu firme, impulsionada pela forte demanda da China e da Índia.
A demanda por investimentos em ouro também cresceu em todos os mercados do Sudeste Asiático no ano passado, com Singapura, Indonésia, Malásia e Tailândia relatando aumentos de dois dígitos ano a ano.
*Com informações da CNBC
Fonte: SeuDinheiro