O bitcoin (BTC) está cada vez mais próximo da marca psicológica de US$ 100 mil por unidade. Durante a madrugada no Brasil, a maior criptomoeda do mundo renovou as máximas históricas a US$ 98.342,13, com sucessivas liquidações de contratos futuros. 

De acordo com o CoinGlass, foram liquidados mais de US$ 458 milhões em contratos futuros da criptomoeda, sendo US$ 184 milhões apostando na queda (short) e outros US$ 274 milhões mirando na alta (long) do bitcoin. 

O movimento poderia ser comparado a um short squeeze — isto é, quando o preço de um ativo sobe repentinamente, forçando os investidores que apostaram na queda (short) a comprar mais desse investimento para cobrir suas posições. 

Esse ciclo acaba retroalimentando uma valorização do ativo durante um curto espaço de tempo, mas é bastante comum em mercados mais voláteis. Porém, não é isso que ocorre nesta quinta-feira (21). 

Antes de explicar o que aconteceu, veja o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

# Nome (Símbolo) Preço (USD) Variação 24h (%) Variação 7d (%) Variação YTD (%)
1 Bitcoin (BTC) US$ 98.004,25 4,88% 7,25% 131,80%
2 Ethereum (ETH) US$ 3.198,41 3,50% 0,49% 40,17%
3 Tether (USDT) US$ 1,00 -0,08% -0,04% 0,03%
4 Solana (SOL) US$ 242,05 2,12% 12,19% 138,44%
5 BNB (BNB) US$ 612,97 0,12% -3,02% 96,22%
6 Dogecoin (DOGE) US$ 0,3852 -0,90% -1,75% 330,53%
7 XRP (XRP) US$ 0,7078 -1,44% 56,21% 81,55%
8 USDC (USDC) US$ 0,9999 0,01% 0,03% -0,01%
9 Cardano (ADA) US$ 0,7899 -4,61% 39,84% 32,94%
10 TRON (TRX) US$ 0,1999 1,15% 10,84% 85,60%
Fonte: Coin Market Cap

Correndo o risco de fazer os repórteres do Seu Dinheiro parecerem um disco arranhado, a valorização do bitcoin tem a ver ainda com a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. 

THANK YOU MISTER PRESIDENT

Além da eleição de Trump, neste ano também houve o halving, que aconteceu em abril e reduziu a emissão de bitcoins pela metade.

Vale dizer que, mantida a demanda pela criptomoeda, essa redução da oferta tende a gerar uma alta nos preços no médio e longo prazo.

A aprovação dos primeiros ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos, que aumentaram a demanda pela criptomoeda, também era um dos eventos mais esperados do ano, que ajudou a reduzir ainda mais a oferta de BTCs no mercado — isso porque esse tipo de fundo precisa ter os tokens em caixa para poder oferecer produtos do tipo, o que aumentou ainda mais a procura por bitcoins.

Por último, o ciclo de alívio monetário dos Estados Unidos ajudou a injetar mais liquidez no mercado e também sustentou os preços da maior criptomoeda do mundo. 

Assim, os investidores e analistas esperam que a criptomoeda atinja os US$ 100 mil ainda em 2024 — alguns deles, mais otimistas, acham que os US$ 150 mil por BTC ainda é um patamar de preços possível, ainda que prever o preço do bitcoin seja uma tarefa quase impossível devido a volatilidade do ativo. 

Fonte: SeuDinheiro

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