Enquanto todos os olhos estão voltados à marca dos US$ 100 mil, o bitcoin (BTC) continua quebrando outros recordes. A novidade dessa semana é o mercado de Exchange Traded Funds (ETFs) que rompeu o patamar histórico dos US$ 100 bilhões em ativos nos Estados Unidos. Em um único dia foi registrada a entrada, quase recorde, de mais de US$ 1 bilhão.
Esse movimento ocorreu na quinta-feira (21), após as opções sobre o popular ETF iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, começarem a ser negociadas na Nasdaq na terça-feira (19). Esse tipo de operação dá o direito, mas não a obrigação, de compra ou venda de um ativo por um preço pré-determinado específico, em uma data futura.
Nesse dia, o IBIT atraiu o maior volume de entradas de qualquer fundo, arrecadando pouco mais de US$ 608 milhões, de acordo com dados da Farside Investors. Enquanto isso, o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) atraiu mais de US$ 301 milhões em novos recursos, enquanto o Bitwise Bitcoin ETF (BITB), da Bitwise, recebeu US$ 68 milhões.
Bitcoin e o imparável Trump Trade
Apesar do tamanho, a arrecadação não foi maior que as registradas no início de novembro, durante o período que antecedeu a eleição de Donald Trump e a ampla especulação sobre o impacto de um governo pró-cripto nos EUA.
Quem saiu por cima tanto essa semana quanto no início de mês no mercado de ETFs foi a BlackRock que, em 7 de novembro, captou um total de US$ 1,12 bilhão, superando o recorde anterior de 30 de outubro, de US$ 872 milhões, segundo dados da SoSoValue.
A chegada de Trump à Casa Branca criou grandes expectativas no mercado de criptomoedas. Mas não são apenas palavras de campanha que alimentam o apetite dos investidores, o corpo de indicações do republicano e a reação tanto de aliados quanto de rivais políticos apontam na direção de um governo favorável aos ativos digitais.
Além dessa euforia, o atual chefe do órgão regulador financeiro dos EUA, Gary Gensler, já confirmou sua renúncia e deve deixar o cargo no dia da posse do presidente eleito, 20 de janeiro.
Gensler começou o mandato como um nome pró-cripto, mas sua gestão ao longo dos últimos anos foi na contramão do que era esperado, sendo, inclusive, considerado uma voz contrária ao mercado de criptomoedas.
Soma-se a esse quadro o ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos, que ajudou a injetar mais liquidez no mercado e também sustentou os preços da maior criptomoeda do mundo. Juros mais baixos costumam apoiar a demanda por ativos mais arriscados, como o bitcoin e as ações.
*Com informações do Decrypt
Fonte: SeuDinheiro