Um dos grandes problemas enfrentados pelos investidores em criptomoedas são os múltiplos ataques às plataformas e programas maliciosos, que roubam as moedas e os recursos dos usuários.
Em números, um levantamento da Immunefi mostrou que foram mais de US$ 1,3 bilhão perdidos em hacks e fraudes até setembro deste ano. O montante representa uma redução de 3,9% em relação ao mesmo intervalo de 2023.
Os ataques hacker ainda são a forma preferida dos cripto-criminosos, representando 99,3% dos roubos, enquanto as fraudes — que incluem phishing, rug pull, entre outros — representam cerca de 0,8%.
Desse total, o ambiente de finanças — que inclui as centralizadas (CeFi) e descentralizadas (DeFi) — foi o alvo preferido dos criminosos.
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Mitchell Amador, fundador e CEO da Immunefi, afirma que o maior número de ataques aconteceu em protocolos de DeFi.
No entanto, “CeFi enfrenta menos incidentes, mas as consequências são geralmente mais graves, com centenas de milhões roubados num único ataque”, afirma Amador.
O CEO da plataforma de serviços de cibersegurança para Web3 explica que CeFi possui um problema estrutural: a gestão das chaves privadas dos usuários.
“Essa [gestão de chaves privadas] é essencial para manter a custódia própria de criptoativos, mas normalmente não está sujeita a auditorias de segurança”, diz. Para ele, são necessárias políticas e práticas mais rigorosas, além de planos de emergência em casos de ataques.
Criptomoedas e ataques hackers: uma lupa na questão
Ainda de acordo com o relatório da Immunefi, o número de ataques que obtiveram sucesso caiu 54% em relação ao terceiro trimestre de 2023, de 75 para 34 no mesmo intervalo deste ano.
A rede mais atacada pelos criminosos foi a blockchain do Ethereum, superando a BNB Chain mais uma vez. Ambas são plataformas nas quais outros projetos e protocolos são construídos, além de abrigarem duas das criptomoedas mais valiosas do mundo.
Em outras palavras, ataques nessas redes tendem a render retornos maiores para os hackers.
Além disso, a taxa de recuperação dos recursos roubados caiu de 8,9% no terceiro trimestre do ano passado para 3,6% neste ano, o que mostra uma perda de efetividade dos mecanismos de defesa das plataformas, segundo o relatório.
Fonte: SeuDinheiro