(Reuters) – O formulador de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) Fabio Panetta pediu nesta quinta-feira (25) cortes pequenos e oportunos nas taxas de juros para conter o risco de estagnação econômica prolongada na zona do euro.

O BCE sinalizou claramente que começará a reduzir os custos dos empréstimos em junho, depois que a inflação voltou a ficar um pouco acima de sua meta de 2%, mas os investidores começaram a duvidar de sua determinação de prosseguir nesse caminho.

Panetta, presidente do Banco da Itália, defendeu a ideia de começar cedo e dar pequenos passos — fazendo uma pausa caso a inflação volte a subir.

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“Pequenos cortes nas taxas de juros combateriam a demanda fraca e poderiam ser interrompidos sem nenhum custo se choques de alta na inflação se materializassem ao longo do caminho”, disse Panetta em uma conferência do BCE, acrescentando que grandes cortes na taxa de depósito poderiam prejudicar a credibilidade do BCE.

É provável que os operadores interpretem os comentários de Panetta como um apoio a um corte de 25 pontos-base em 6 de junho, seguido por outros já na reunião seguinte do BCE, em 18 de julho.

Panetta argumentou que a hesitação em cortar os juros desestimularia as empresas a investir, prejudicando assim sua produtividade e colocando-as em desvantagem em relação aos concorrentes globais.

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“Uma postura monetária restritiva poderia gerar efeitos de histerese que aumentariam o risco de um período prolongado de fraqueza econômica.”, disse ele.

Ele também observou que as expectativas de inflação estavam bem ancoradas em torno da meta de 2% do BCE e que a probabilidade de uma espiral inflacionária autossustentada era baixa.

Fonte: InfoMoney

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