A inflação em Porto Alegrem em maio, medida pelo IPCA, foi de 0,87%, bem acima do índice nacional de 0,46%, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (11). Foi um dos  primeiros indicadores de preços a mostrar o efeito prático da catástrofe climática das chuvas no mês passado.

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Assim como no caso no índice geral, os principais vilões em Porto Alegre no mês foram os alimentos. O custo da alimentação no domicílio teve alta mensal de 3,64%, ou seja, quase dois terços dos 0,87% da alta mensal vieram de alimentação, afirma Alexandre Maluf, economista da XP.

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Ele destaca ainda que, sem contabilizar as altas no Rio Grande do Sul, o IPCA de maio teria ficado em 0,42%, dentro da mediana de projeções do mercado.

Houve forte alta dos itens in natura, como os hortifrútis, de leite e derivados e de toda cadeia do trigo, como panificados, farinhas e macarrão. Outros itens que subiram bem mais que a média foram o frango e a gasolina. Essa última subiu 2%, ante variação de 0,45% no índice geral.

Outra variação importante foi a do arroz, que subiu 5,6% na capital gaúcha, ante 0,76% na média do Brasil.

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E o impacto nos alimentos e na cadeias de transportes tende a se estender um pouco mais, especialmente em junho, segundo Maluf.

Se as enchentes cobraram um forte preço na mesa dos gaúchos, os chamados serviços subjacentes, como manicure, beleza e alimentação fora de casa, que foram praticamente paralisados no período, apresentaram uma variação mais moderada, de 0,20%.

O mesmo comportamento foi observado  se deu com os preços do industriais, que caíram 0,15% no mês. Mas Maluf pondera que parte desse alívio pode ser fruto de dificuldades na coleta, uma vez que houve fechamento generalizado do comércio local.  

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“Quando há dificuldade de coleta, o IBGE costuma repetir preços e a variação tende  a zero. Muitas dessas variações baixas, principalmente em serviços industriais, pode ser problema de coleta de preços”, afirma.

Fonte: InfoMoney

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