Em um julgamento histórico na semana passada, o Tribunal Distrital de Columbia, nos Estados Unidos, decidiu que o Google agiu ilegalmente para manter um monopólio nas buscas online. Nesta terça-feira (13), um novo capítulo dessa história fez as ações da Alphabet caírem mais de 1% no after market em Nova York.
Agora, o Departamento de Justiça norte-americano quer obrigar o Google a desinvestir em alguns de seus negócios, segundo a Bloomberg. A gigante de buscas é a principal fonte de receita da Alphabet, sua controladora.
A tentativa seria o primeiro esforço de Washington para dividir uma empresa por monopólio ilegal desde a tentativa malsucedida de demembrar a Microsoft, há 20 anos.
Além disso, uma cisão forçada do Google também seria a maior de uma empresa dos EUA desde que a AT&T foi desmantelada na década de 1980.
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A cisão do Google é inevitável?
A cisão, no entanto, pode não ser o fim da linha para o Google. Fontes informaram à Bloomberg que a Justiça norte-americana também considera, como alternativa à cisão, obrigar o buscador a compartilhar mais dados com concorrentes e criar medidas para evitar que a empresa obtenha vantagens injustas em produtos de Inteligência Artificial (IA).
Caso o Departamento de Justiça dos EUA prossiga com o plano de forçar a divisão, os principais alvos são o negócio de sistema operacional Android e o Google Chrome.
As autoridades também estão tentando forçar uma possível venda do AdWords, a plataforma que a empresa usa para vender publicidade em texto.
O processo dos EUA contra o Google
O Departamento de Justiça e diversos estados norte-americanos processam o Google desde de 2020. A big tech é acusada de consolidar ilegalmente seu domínio ao obrigar fabricantes de smartphones a pré-instalar o mecanismo de busca em aparelhos de telefonia móvel.
Para isso, o Google teria pago bilhões de dólares a empresas como Apple e Samsung.
Após a decisão do Tribunal de Columbia na semana passada, a Justiça norte-americana ordenou que seja iniciada a segunda fase do caso, que envolverá as propostas do governo para restaurar a concorrência, incluindo o pedido de desmembramento do Google.
*Com informações de Bloomberg e Forbes Brasil
Fonte: SeuDinheiro