As companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) acabam de anunciar um acordo de cooperação comercial que vai conectar as suas malhas aéreas no Brasil por meio de um codeshare — isto é, a permissão de que uma empresa venda assentos em voos de outra, ampliando o número de linhas de atuação de cada uma.

A parceria inclui as rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por apenas uma das duas empresas. A partir de agora, ambas passam a dividi-las.

O acordo envolve também os programas de fidelidade, permitindo que membros do Azul Fidelidade e do Smiles acumulem pontos ou milhas no programa de sua escolha ao comprar os trechos incluídos no codeshare.

O anúncio ocorre em meio a rumores de uma possível fusão entre as companhias aéreas. Vale lembrar que a Gol entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em janeiro deste ano. 

Além disso, questionado sobre uma possível combinação com a Gol, o diretor-presidente da Azul, John Peter Rodgerson, disse que a empresa monitora de perto a situação.

“Você tem a obrigação com seus acionistas de observar as oportunidades que existem”, afirmou ele em março deste ano. 

Conexão Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) 

Em comunicado enviado à CVM, o diretor‐presidente da subsidiária operacional Azul no Brasil, Abhi Shah, avalia que o acordo vai trazer enormes benefícios para os clientes.

“Com a malha altamente conectada da Azul servindo a maioria das cidades no Brasil e a forte presença da Gol nos principais mercados brasileiros, nossas ofertas complementares vão oferecer aos clientes uma ampla opção de viagem”, diz.

Entre as novas rotas disponíveis, os clientes terão à disposição oportunidades mais convenientes de conexão, por exemplo: de Brasília para Tabatinga, com uma curta parada em Manaus; ou partir do Rio de Janeiro e chegar a Marabá com uma parada em Belém.

Em números

O codeshare começará a partir do final de junho, quando a oferta estará disponível nos canais de vendas de ambas as empresas. A expectativa é de que o acordo crie mais de 2,7 mil oportunidades de viagens com apenas uma conexão, tendo em vista as mais de 1,5 mil decolagens diárias de ambas as empresas.

“A Gol já oferece mais de 60 acordos comerciais diferentes com muitas companhias aéreas parceiras globais e estamos ansiosos para expandir esse benefício dentro do Brasil também”, destaca Celso Ferrer, CEO da GOL, no comunicado.

Por falar em números: Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4)

No acumulado do ano, as ações da Gol acumulam queda de 85,89%%. A Azul, por sua vez, também registra perdas no ano, de 37,74% no mesmo intervalo de tempo. 

Já em relação aos últimos 12 meses, a queda dos papéis GOLL4 e AZUL4 é de 83,74% e 33,18%, respectivamente.

Por fim, no fechamento da quinta-feira (23), a Gol voltou a registrar queda de 3,08%, encerrando aquele pregão a R$ 1,26. A Azul encerrou o dia com desvalorização de 1,30%, com as ações cotadas a R$ 9,85 cada.

Fonte: SeuDinheiro

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