O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia dado luz verde para a Petrobras (PETR4) avançar no pagamento de 50% dos dividendos extraordinários retidos no início de março e, nesta quinta-feira (25), foi a vez de o conselho de administração da petroleira aprovar a proposta da União por maioria. 

Com isso, a Petrobras deve distribuir metade dos R$ 43,9 bilhões — equivalente a R$ 21,9 bilhões — que tinham sido encaminhados para a reserva de remuneração. 

Os acionistas também aprovaram o pagamento da metade restante desse montante da reserva ao longo de 2024, com decisão a ser tomada até 31 de dezembro.

Segundo o representante da União na Assembleia Geral Ordinária de Acionistas da Petrobras (AGO), Ivo Timbó, o pagamento será feito em duas parcelas:

  • Primeira parcela: 20 de maio de 2024
  • Segunda parcela: 20 de junho de 2024

Dessa forma, os pagamentos extraordinários acontecerão nas mesmas datas dos dividendos ordinários relativos ao quarto trimestre de 2023.

Cabe agora à administração da Petrobras a decisão sobre o formato de pagamento, por meio de dividendos ou por juros sobre capital próprio (JCP) — deve ser escolhida a que melhor se encaixar ao interesse tributário da estatal.

A queda de braço dos dividendos da Petrobras

A decisão de finalmente liberar o pagamento dos 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras agora acontece depois de uma queda de braço entre o governo e os acionistas da companhia.

Na última sexta-feira (19), o conselho sinalizou que a estatal pretendia distribuir os 50% desses proventos por entender que não comprometeria a sustentabilidade financeira da empresa — só que a proposta ainda precisava ser votada na reunião de hoje.

Na reunião anterior à de sexta-feira, os representantes de governo se opuseram à medida e defenderam por 6 a 4 a retenção dos dividendos extraordinários.

Vale lembrar ainda que, no início de abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, decidiram durante reunião no Palácio do Planalto que iriam defender o pagamento de 100% dos dividendos da Petrobras aos acionistas.

*Conteúdo em atualização – Com informações do Broadcast e da CNN Brasil

Fonte: SeuDinheiro

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