Ampliando seu universo de análise das empresas do setor de saúde do país, o BB Investimentos (BB-BI) adicionou a Hapvida (HAPV3) à sua lista de ações cobertas. No primeiro relatório divulgado nesta quarta-feira (9), a operadora começou com o pé direito.

Os analistas do BB Investimentos iniciaram a cobertura de HAPV3 com recomendação de compra para a ação e preço-alvo de R$ 5,50 para o final de 2025 — o que representa um potencial de valorização de 39,6% em relação ao preço do último fechamento.

Por que o BB-BI recomenda a compra de HAPV3

Em sua análise, o BB-BI lembra que a Hapvida, que já havia participado de diversos movimentos de aquisições de operadoras de saúde, teve, em 2022, a aprovação da fusão com a NotreDame Intermédica, resultando na maior operadora de saúde do país em número de beneficiários.

Mas a principal tese de investimento dos analistas na companhia é a estratégia de verticalização, na qual os atendimentos são realizados prioritariamente na rede própria. 

Segundo o BB-BI, essa estratégia assegura maior controle e apresenta custos mais baixos em comparação à rede credenciada, além de permitir o acompanhamento dos processos e da qualidade dos atendimentos. 

“Completam ainda nossa tese: a posição de liderança e abrangência de infraestrutura, sua competitividade em preços e as diferentes vias de crescimento”, afirma a instituição.

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Na visão do BB-BI, embora as ações da Hapvida tenham desvalorizado 11,5% no acumulado de 2024 e 2,5% nos últimos 12 meses, os momentos de valorização dos papéis logo depois das divulgações de resultados trimestrais indicam uma resposta positiva do mercado em relação às evoluções financeiras e operacionais da companhia.

“Por outro lado, a volatilidade da curva de juros doméstica têm interrompido, e até retrocedido, os movimentos de alta, diante do potencial impacto no resultado financeiro da companhia e elevação do custo em eventuais novas captações”, diz o relatório. 

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Hapvida (HAPV3): Competitividade em preços e vias de crescimento

Diante do  movimento de reajustes de preços no setor desde 2022, a busca da Hapvida pelo equilíbrio financeiro de contratos —- embora tenha resultado em uma pequena retração no número de beneficiários — permitiu a recomposição do ticket médio, que é o valor médio gasto por cada paciente na clínica, em um período pré-definido.

“Isso, juntamente com a eficiência na gestão de custos, resultou em melhorias na sinistralidade. Tal execução, em nossa opinião, demonstra a capacidade da companhia de praticar preços competitivos com consistência financeira e operacional”, segundo o BB-BI. 

No primeiro semestre de 2024, a Hapvida somava mais de 15,7 milhões de beneficiários, sendo 8,9 milhões de planos de assistência médica e 6,9 milhões de planos odontológicos.

Além do potencial de crescimento por meio do aumento do número de beneficiários, a Hapvida tem consolidado sua liderança em algumas regiões do país e otimizando sua presença nas demais. 

Vale lembrar que, em julho, a companhia anunciou um acordo com a Riza Gestora de Recursos para o financiamento de duas novas unidades da rede de hospitais, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo. O negócio prevê um investimento de até R$ 600 milhões.

Na visão do BB-BI, a expertise acumulada nos diversos processos de aquisições e combinação de negócios, capturando e integrando sinergias, fortalece a frente de crescimento inorgânico com a exploração de oportunidades no segmento hospitalar privado.

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Projeções financeiras

Para o final de 2025, os analistas estimam que a Hapvida registre o receita líquida de R$ 31,9 bilhões com Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) de 8%, ou seja, a previsão é que a receita cresça a uma taxa média de 8% ao ano entre 2023 e 2025. Em relação ao Ebitda, a previsão é de R$ 4,9 bilhões até 2025. Já a margem Ebitda é de 15,2%.

“Estimamos um valor justo para o acionista de R$ 41,2 bilhões ao final de 2025, implicando em um preço-alvo de R$ 5,50 para as ações HAPV3”, afirma o BB-Investimentos.

Fonte: SeuDinheiro

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