Maior resiliência de margem, depreciação do real e menor valor de alavancagem são os bons ventos que sopram sobre a Weg (WEGE3). A ação que sempre foi vista como a queridinha dos investidores voltou a ser vista com bons olhos também pelo Bank of America.
O BofA elevou a recomendação para a ação da Weg de neutra para compra e subiu o preço-alvo do papel de R$ 44 para R$ 52 — o que representa um potencial de valorização de 23,2% sobre o último fechamento.
Embalada pela melhora na recomendação, Weg lidera as maiores altas do Ibovespa nesta segunda-feira (8). Por volta de 12h35, WEGE3 subia 3,11%, cotada a R$ 43,51.
WEG: a queridinha voltou
Segundo o BofA, a expectativa do mercado era de uma contração gradual das margens da WEG, o que se tornou improvável.
“Esperamos, portanto, revisões positivas das margens nos próximos trimestres”, afirma.
A previsão leva em conta quatro fatores:
- O preço do cobre, que subiu 18% no segundo trimestre — apoiando os preços dos produtos industriais;
- A desvalorização de 12% do real no acumulado do ano — apoiando a receita externa e as margens de exportação;
- A redução da contribuição das energias renováveis na receita; e
- Os preços e as margens de T&D (transmissão e distribuição) melhores, navegando no início de um ciclo de subida do setor global.
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WEGE 3 é uma ação cara?
Nos cálculos do BofA, a ação da Weg é negociada atualmente com um múltiplo Preço/Lucro para 12 meses de 30 vezes — 34% acima da média histórica.
“Em nossa opinião, a principal razão para a atual valorização do prêmio da Weg é o otimismo dos investidores com o crescimento futuro, especialmente no mercado de T&D”, afirma.
Segundo o Bank of America, a Weg se beneficiará dos ganhos de participação de mercado em motores elétricos e motion drive globalmente, e aproveitará oportunidades na mobilidade elétrica do Brasil.
Fonte: SeuDinheiro