“Também estamos explorando foguetes, porque o futuro da mobilidade não deve ser limitado apenas à Terra ou a apenas uma montadora de automóveis”. 

Foi com essa declaração que o presidente do Conselho da Toyota, Akio Toyoda, anunciou que a fabricante de carros japonesa estava colocando os pés em uma indústria já amplamente explorada por Elon Musk.

A “indireta” para a SpaceX, empresa de Musk focada em exploração espacial, não poderia ser mais clara. Hoje, a companhia do homem mais rico do mundo é a líder global de lançamentos de foguetes.

Outras empresas também estão querendo capturar uma parte desse mercado. No Japão, a Toyota passa a disputar diretamente com a Mitsubishi, cuja subsidiária Mitsubishi Heavy Industries desenvolveu e lançou uma série de foguetes para a agência espacial do país, a JAXA.

O investimento será feito de forma indireta, por meio  da subsidiária de mobilidade Woven by Toyota.

O aporte será de 7 bilhões de ienes – o equivalente a US$ 44,4 milhões ou R$ 269 milhões – na Interstellar Technologies, uma empresa japonesa de voos espaciais que desenvolve veículos de lançamento para satélites.

Desde a fundação, em 2013, a Interstellar fez sete lançamentos suborbitais mas ainda não lançou nenhum satélite em órbita. 

A Toyota afirma que quer contribuir com a produção de foguetes oferecendo a expertise adquirida na produção em massa de veículos. 

Os investimentos da Toyota para o futuro

Além do investimento em exploração espacial, a fabricante de carros também anunciou que completou a primeira fase do projeto Woven City.

Anunciada há cinco anos como um “protótipo de cidade para o futuro”, a instalação fica na base do Monte Fuji e é um hub para desenvolvimento de novas tecnologias, tais como os veículos autônomos – outro projeto também explorado por Musk através da Tesla.

Nesta primeira fase, ficaram prontas as moradias para residentes e desenvolvedores convidados pela empresa para participar da iniciativa. 

O presidente do Conselho da Toyota afirmou que a missão de Woven City não é necessariamente gerar lucro, mas sim servir como um campo de testes e um terreno experimental para futuras tecnologias.

* Com informações da CNBC.

Fonte: SeuDinheiro

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