O processo de combinação dos negócios da AES Brasil (AESB3) com a Auren (AURE3) já tem data de estreia para acontecer. De acordo com um documento enviado à CVM na noite da última segunda-feira (14), o fechamento da incorporação deve ser concluído até o dia 31 de outubro.
Dessa forma, a AES Brasil será incorporada pela ARN Holding Energia. Na sequência, é a vez da ARN ser incorporada pela Auren, concluindo a operação.
Assim, na quinta-feira, 31 de outubro, será o último dia de negociação das ações AESB3 na B3, a bolsa brasileira.
A ARN fará uma nova emissão de papeis e dará três opções de troca de ações para cada papel da AES e dará um período para que o investidor escolha a melhor alternativa. Veja a seguir como vai funcionar:
O acordo prevê um prazo de dez dias úteis — isto é, do dia 16 a 29 de outubro deste ano — para o investidor da AES escolher três opções de conjunto de ações da ARN, que são:
- 9 ações ordinárias mais 1 ação preferencial;
- 5 ações ordinárias mais 5 ações preferenciais;
- 10 ações preferenciais.
Após o reajuste nos valores de resgate e substituição, a relação das opções se dará da seguinte forma:
A Auren ressalta, no comunicado, que a Opção 1 será considerada a padrão aplicável a todos os acionistas da AES Brasil que não se manifestarem dentro do período de escolha.
Relembre o anúncio da fusão
Em maio deste ano, a Auren Energia (AURE3) anunciou a combinação de negócios com a AES Brasil (AESB3), criando uma empresa com receita de R$ 9,6 bilhões e R$ 30 bilhões em enterprise value (valor da firma).
A Auren — atualmente a 11ª maior geradora do país, com 3,6 GW de capacidade — vinha negociando a compra da operação brasileira da AES desde março, quando fez uma oferta vinculante.
O negócio dá origem à terceira maior empresa geradora de energia do país, com 8,8 GW de capacidade instalada 100% renovável.
Com a aquisição, a Auren passa a contar com 39 ativos, com a capacidade distribuída em 54% de geração hidrelétrica, 36% de eólica e 10% solar. A estimativa é gerar uma economia de R$ 1,2 bilhão em sinergias.
A fusão já havia sido aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Fonte: SeuDinheiro