As ações da CVC (CVCB3) acumulam perda de 46,6% em 2024, mas podem receber um impulso para decolar: a aprovação nesta quarta-feira (16) do acordo alcançado em setembro com boa parte dos debenturistas para o reperfilamento das dívidas da companhia de turismo. 

Na ocasião do acordo, a CVC informou que representantes de 75% das debêntures da 4ª emissão e de todos os títulos da 5ª emissão da empresa haviam aceitado os principais termos e condições de pagamento.

A companhia de turismo destaca à época que o acordo expandirá sua capacidade de crescimento sustentável e de investimentos.

A aprovação era fundamental

Para que os termos acertados no mês passado entrem em vigor, era necessário a ratificação em assembleia de debenturistas, que foi realizada hoje. 

Entre os termos estava prevista uma amortização extraordinária obrigatória de cerca de R$ 160 milhões.

A CVC explicou na ocasião que o pagamento traria uma “imediata redução da dívida bruta da companhia”, que era de R$ 799,2 milhões ao final do segundo trimestre de 2024.

EM BUSCA DA DESALAVANCAGEM

Outro ponto do reperfilamento implica no alongamento da carência e do prazo de vencimento das debêntures para outubro de 2028. Com isso, a amortização do principal será feita em cinco parcelas semestrais iguais e consecutivas a partir de outubro de 2026.

A CVC poderá fazer o pré-pagamento dos títulos, a seu critério, a partir de março do ano que vem. Mas, caso opte por adiantar o fluxo, deve arcar com um prêmio de 0,5%.

Além disso, a companhia conseguiu uma redução nos juros remuneratórios após a amortização extraordinária, que cairão dos atuais CDI + 5,5% para CDI + 4,85%. E as taxas podem diminuir ainda mais, para CDI + 4,5% caso a empresa atinja um rating mínimo de BBB- ou equivalente.

Por fim, o acordo prevê uma alteração nas garantias legais das debêntures. Os recebíveis de cartões de crédito, que totalizam R$ 93,3 milhões, serão liberados e substituídos por boletos da mesa de crédito.

Fonte: SeuDinheiro

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