O Mercado Livre (MELI34) pode até alimentar o sonho de ser o maior banco digital do México — mas o Nubank (ROXO34) já deixou claro que é páreo duro para o concorrente.

O banco do cartão roxo liderou a adição de usuários ativos mensais (MAU) no país, com um aumento médio de 110 mil clientes por mês no último trimestre, de acordo com o Bank of America (BofA).

Já o Mercado Pago, a fintech do Meli, permaneceu relativamente estável no período, com 6,8 milhões de clientes MAU, segundo o relatório. 

Enquanto isso, outros players relevantes no segmento de bancos digitais do México como a Kueski e o PayPal perderam cerca de 130 mil usuários ativos por mês nos últimos três meses.

Vale destacar que a fintech do Mercado Livre detém a maior base de usuários ativos entre os bancos digitais do México. Confira:

Base de usuários ativos mensais (MAU)
Empresa Abril Março Fevereiro
Mercado Pago 6.807 6.897 6.753
Kueski 5.523 5.671 5.645
Nubank 4.550 4.417 4.341
PayPal 3.319 3.444 3.149
Stori 1.943 1.968 1.877
Fonte: BofA

Em termos de downloads, o Nu também manteve a liderança no México, seguido pelo Mercado Pago, que foi o segundo banco digital mais baixado em abril. Confira:

  • Nubank: 766 downloads
  • Mercado Pago: 675 downloads
  • Spin: 486 downloads
  • Stori: 313 downloads
  • Kueski: 507 downloads

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Nubank vs. Mercado Livre: uma batalha pelo México

Na última terça-feira (21), o Mercado Livre anunciou que o Mercado Pago está em busca de uma licença bancária — após dois anos atuando sob a licença usada por fintechs para oferecer uma cartela de produtos financeiros como cartão de crédito.

De acordo com o comunicado, as reuniões do Mercado Livre com os órgãos reguladores do México já começaram. A expectativa é que os representantes do Mercado Pago apresentem formalmente o pedido nos próximos meses. 

Atualmente, a plataforma oferece cartões de débito Mastercard e cartões de crédito Visa, além de disponibilizar taxas de rendimento diárias sobre o saldo disponível na conta digital e oferecer empréstimos e financiamentos pessoais para pequenas e médias empresas (PMEs). 

Uma licença bancária permitiria que a empresa recebesse depósitos de folha de pagamento e ainda eliminaria um limite para os valores retidos. Além disso, o título de banco ainda aceleraria o processo de aprovação e emissão de cartões de crédito.

Vale lembrar que o Nubank entrou com pedido de licença bancária por lá em outubro do ano passado, sendo o México o primeiro país onde o Nu será, efetivamente, um banco.

Recentemente, o roxinho listou a conquista do mercado mexicano como uma das grandes apostas para 2024. De acordo com o CEO David Vélez, agora é hora de provar que o modelo de negócios do banco digital pode ser replicado no México e na Colômbia.

O balanço da fintech no primeiro trimestre deu luz ao ímpeto das operações do banco digital no México. O Nu registrou a adição de 1,5 milhão de clientes no México nos três primeiros meses deste ano, para um total de quase 7 milhões de clientes por lá, em uma participação de mercado de cerca de 5,1%. 

Do ponto de vista das receitas estimadas da indústria de serviços financeiros de varejo, por exemplo, o Nubank tem apenas 4% da fatia do mercado no Brasil e menos de 1% no México e na Colômbia — ou seja, tem muito espaço para crescer.

Em janeiro, o cofundador do Nubank afirmou que o país pode ser “um outro Brasil para o Nu”, ainda que possua um “risco de execução significativo”.

Na época, Vélez disse que, embora seja menos populoso que o Brasil, o México tem renda per capita 30% maior, uma população mais jovem e menor presença de serviços bancários no dia a dia dos habitantes.

Fonte: SeuDinheiro

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