No dia em que a privatização da Sabesp (SBSP3) foi concluída em uma cerimônia na sede da operadora da bolsa de valores brasileira, o presidente da Equatorial (EQTL3) revelou que a empresa ainda tem cartas na manga para financiar o investimento na operação.

Augusto Miranda afirmou nesta terça-feira (23) que a Equatorial tem tempo para estruturar uma saída do empréstimo ponte tomado junto a um grupo de bancos. “Temos 18 meses à frente, que nos deixa pensarmos em diversas opções”, afirmou em entrevista coletiva após cerimônia realizada na B3.

Vale relembrar que a Equatorial se comproteu com um desembolso de pelo menos R$ 6,9 bilhões para se tornar acionista de referência da Sabesp.

Miranda afirmou ainda que a companhia estudava o setor há muito tempo e encontrou na Sabesp as referências que buscava. “A Equatorial mirou uma das melhores empresas do mundo e do Brasil”, observou.

O executivo disse que, embora haja um forte compromisso com a universalização, nada impede de pensar grande. “Podemos pensar em expandir dentro e até fora do Brasil, sem esquecermos dos compromissos com universalização”, disse.

Aumento de capital e venda de transmissora: as movimentações da Equatorial até agora

De volta a como a Equatorial planeja pagar pela aquisição de 15% da Sabesp, vale relembrar que a empresa já alienou um ativo. No início do mês, a controlada Equatorial Transmissão anunciou a venda de 100% da Equatorial Transmissora 7 SPE, localizada no Pará.

A SPE foi avaliada em aproximadamente R$ 1,19 bilhão em valor de firma (enterprise value), levando em conta uma dívida líquida de R$ 350 milhões.

Além disso, o conselho de administração da companhia aprovou ontem a homologação de um aumento de capital privado.

Cada ação saiu por um preço de emissão de R$ 29,50 na operação. Considerando todo os papéis subscritos e integralizados, o aumento alcançou o teto previsto de R$ 516,19 milhões.

A operação foi anunciada em abril deste ano. Na época, a Equatorial argumentou que ela iria fortalecer a estrutura de capital da companhia.

Além disso, asseguraria “maior robustez financeira para fazer frente às necessidades de caixa para as operações empresariais” e melhoraria a liquidez.

Dois meses depois, em junho, a empresa foi qualificada como investidora de referência na privatização da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: SeuDinheiro

Share.