O Santander Brasil (SANB11) deu sinais de que o pior momento para o banco ficou para trás e registrou lucro líquido de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024 O resultado representa um aumento de 41,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

O número também superou as projeções do mercado, que apontavam para um lucro de R$ 2,857 bilhões, de acordo com as estimativas que o Seu Dinheiro compilou.

Com o lucro maior, a rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) do Santander também veio acima do esperado e atingiu 14,1% — contra apenas 10,6% do primeiro trimestre de 2023.

O forte avanço da margem financeira e a queda nas despesas com provisões foram os principais destaques do resultado. Por outro lado, a inadimplência ainda mostrou uma leve alta na comparação trimestral.

Seja como for, o Santander ainda tem um longo caminho pela frente para reviver os melhores dias, quando alcançou um nível de rentabilidade na casa dos 20%, mesmo patamar do Itaú.

Resta saber como o mercado vai reagir aos números. Nos últimos dias, as ações do Santander (SANB11) já vinham em alta na expectativa de um balanço melhor. Mas ainda assim os papéis acumulam queda da ordem de 13% no ano na B3.

Santander (SANB11): os destaques do balanço do 1T24

Começando pelos pontos positivos do balanço, o Santander registrou um aumento de 14,5% na margem financeira no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

A linha do resultado que inclui as receitas do banco com crédito menos os custos de captação somou R$ 14,790 bilhões. O resultado da tesouraria voltou a ficar no azul após vários trimestres no prejuízo e também contribuiu para a margem financeira.

Outro destaque do primeiro trimestre foi a receita com tarifas e prestação de serviços, que somou R$ 4,886 bilhões, uma alta de 12,8%.

Lembrando que os grandes bancos vêm sofrendo para gerar resultados com a cobrança de tarifas com o avanço dos bancos digitais e do PIX.

As despesas operacionais também cresceram, mas em um ritmo menor (5%) e atingiram R$ 6,297 bilhões.

Crédito e inadimplência

Após o baque com o caso Americanas, o Santander voltou a mostrar apetite por crédito. O banco encerrou março com uma carteira de crédito de R$ 654 bilhões, um avanço de 1,7% no trimestre e de 8,1% em 12 meses.

As despesas com provisões deram um alívio após a pressão com o calote da varejista e atingiram R$ 6,043 bilhões. Trata-se de uma queda de 11,6% em relação aos últimos três meses de 2023 e de 10,7% na comparação com primeiro trimestre do ano passado.

A redução seria ainda maior considerando o caso Americanas, já que no primeiro trimestre de 2023 o banco fez uma provisão extra de R$ 4,2 bilhões.

Apesar na queda das provisões, o índice de inadimplência do Santander segue em patamares altos e atingiu 3,2%. Ou seja, uma alta de 0,1 ponto percentual no trimestre e estável em relação a março de 2023.

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Fonte: SeuDinheiro

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