As ações da Netflix chegaram a saltar mais de 6,0% no pré-mercado em Nova York, em uma reação ao balanço positivo da empresa, publicado na noite da última quinta-feira (17).
Isso porque a gigante do streaming mundial continuou a ter novos clientes no terceiro trimestre, ainda que em um ritmo mais lento do que no ano anterior — e este dado é importante para entender uma tendência desse setor.
Foram adicionados 5,07 milhões de assinantes, em termos líquidos, no terceiro trimestre, abaixo da projeção de 5,76 milhões da FactSet. No mesmo período do ano anterior, houve 8,76 milhões de novos assinantes.
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Esse número é importante porque a Netflix começou a adotar a cobrança por ponto extra no primeiro trimestre de 2023, uma medida polêmica à época.
Mas, mesmo com reclamações dos clientes e queixas nas redes sociais, não houve um impacto negativo no balanço — ao menos, não em um primeiro momento. A desaceleração do número de assinantes pode significar que a estratégia começa a dar sinais de fraqueza.
Seja como for, a ideia de cobrar por ponto extra vem influenciando outros streamings a fazerem o mesmo. O Disney+, por exemplo, também quer barrar os múltiplos usuários fora da mesma casa, uma prática que já vem adotando em outros países, como nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
Outros destaques do balanço da Netflix
A Netflix apresentou lucro líquido de US$ 2,36 bilhões no terceiro trimestre de 2024, uma alta de cerca de 41% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita da empresa foi de US$ 9,83 bilhões, 15% maior do que em relação ao terceiro trimestre de 2024 e acima das projeções da FacSet, de US$ 9,77 bilhões.
O lucro por ação ajustado de US$ 5,40 também ficou acima das expectativas(US$ 5,21).
Para o quarto trimestre, a empresa espera uma receita de US$ 10,13 bilhões, um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2023, e informou que a receita e as margens operacionais continuaram a melhorar, mesmo com a desaceleração do crescimento do número de assinantes, um sinal de que a empresa está obtendo sucesso em seu foco na lucratividade em detrimento do crescimento.
Fonte: SeuDinheiro