Em meio à acirrada disputa por carros elétricos no mercado automotivo brasileiro, a Volkswagen resolveu encarar as chinesas como a BYD de frente: vai investir R$ 13 bilhões em São Paulo, onde já tem duas fábricas de carros, em São Bernardo do Campo e Taubaté, além de uma unidade de produção de motores, em São Carlos.
A informação foi antecipada na agenda do governador Tarcísio de Freitas, que vai participar do anúncio oficial do investimento em cerimônia na fábrica da Volks em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde hoje são montados os modelos Virtus, Novo Polo e Nivus, assim como a picape Saveiro.
A fabricante receberá de volta R$ 1 bilhão em créditos de ICMS que estavam retidos, a exemplo do que fez o governo paulista nos investimentos anunciados pela Toyota, em abril do ano passado, na produção em Sorocaba de carros híbridos, tecnologia que combina um motor convencional movido tanto a gasolina quanto a etanol com outro elétrico.
Os recursos foram autorizados dentro do programa ProVeículo, que libera créditos acumulados de ICMS para investimentos.
Os investimentos da Volks em São Paulo estão dentro do programa, atualizado em fevereiro, que prevê de R$ 16 bilhões em aportes no Brasil no período de 2022 a 2028.
Além das fábricas em São Paulo, a montadora produz o utilitário esportivo T-Cross em São José dos Pinhais, no Paraná.
QUEM CONTRIBUIR, VAI PAGAR MENOS
Se cuida, BYD
A competição das fabricantes no mercado de carros elétricos se intensificou este ano e não é à toa: a demanda por esse tipo de veículo aumentou 111% entre janeiro e julho de 2024, de acordo com dados da Webmotors.
E, nessa corrida, a BYD saiu na frente. Ainda de acordo com o levantamento, três modelos preferidos de quem busca um carro elétrico são fabricados pela chinesa.
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Não à toa, o foco dos investimentos da Volkswagen, anunciados no início do ano, é a eletrificação dos veículos.
Embora não tenha dado mais detalhes sobre o montante que cada fábrica vai receber, a Volkswagen anunciou que os veículos e motores a serem produzidos nas três unidades serão inéditos.
A novidade é que dois deles serão produzidos na maior delas, em São Bernardo, e um em Taubaté.
Em janeiro, quando divulgou o investimento total, a Volkswagen deixou claro que os recursos seriam usados para a renovação da linha, com 16 novos modelos, entre híbridos e elétricos, até 2028.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: SeuDinheiro