O casamento entre a PetroReconcavo (RECV3) e a 3R Petroleum (RRRP3) pode não ter sido consumado, mas as duas petroleiras juniores acabam de anunciar um novo tipo de união nesta segunda-feira (8).

As empresas firmaram um memorando de entendimento (MOU)  — uma espécie de acordo de compromisso — para compartilhamento na Bacia Potiguar, localizada na região Nordeste do país.

O objetivo do negócio é avaliar a possibilidade de compartilhamento da infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento de gás natural detida pela 3R na bacia.

Vale destacar que esta não é a primeira vez que as empresas assinam um contrato nesse sentido.

Há quase dois anos, as petroleiras anunciaram que analisavam oportunidades de compartilhamento de recursos e instalações nas bacias Potiguar e Recôncavo.

Parceria entre a 3R Petroleum (RRRP3) e a PetroReconcavo (RECV3)

Segundo comunicado ao mercado, o MOU estabelece a formação de um grupo de trabalho entre a 3R Petroleum e a PetroReconcavo para a análise da viabilidade técnica e econômica da parceria.

O acordo ainda determina um período de exclusividade de 90 dias para negociação.

De acordo com as petroleiras, a potencial parceria pode resultar em dois possíveis benefícios. São eles:

  • A melhor integração no planejamento de investimentos e na busca por soluções para ampliar a eficiência operacional; e 
  • A otimização de custos das infraestruturas de midstream de gás na Bacia Potiguar.

Além disso, a 3R afirma que a iniciativa “está em linha com a sua estratégia de gestão de portfólio e parcerias”.

O que dizem os analistas

Na avaliação do Goldman Sachs, o acordo de compromisso deve ser bem visto pelo mercado, especialmente em relação à PetroReconcavo.

Isso porque a companhia registrou problemas de infraestrutura na Bacia Potiguar nos últimos trimestres, o que limitou a produção na região.

Caso a parceria vá para frente, os analistas avaliam que o negócio pode reduzir a chance de a PetroReconcavo ter que desembolsar mais dinheiro em investimentos (capex) para construir uma infraestrutura do zero, além de diminuir o risco operacional para a empresa.

O banco possui recomendação neutra para as ações das petroleiras. No caso de RECV3, os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 22,60 para o próximo ano, equivalente a um potencial de alta de 8,4% frente ao último fechamento.

Já para a 3R (RRRP3), o preço-alvo é de R$ 35,20 para os próximos 12 meses, implicando em uma valorização potencial de 23%.

Fonte: SeuDinheiro

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