A conta da compensação pelos estragos do rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) pode somar R$ 127 bilhões. Esse é o valor que a Vale (VALE3) e a BHP, sócias da mineradora, se propuseram a desembolsar dentro do acordo em negociação na Justiça.

O valor da proposta inclui R$ 37 bilhões já investidos até o momento. Além disso, a mineradora se comprometeu a desembolsar R$ 72 bilhões ao governo federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito
Santo e aos municípios, e R$ 18 bilhões em obrigações de fazer.

Caso a Samarco não consiga honrar os valores, a Vale e a BHP Brasil atuarão como devedores secundários, com uma contribuição de 50% cada.

“A proposta pretende fornecer uma resolução mutuamente benéfica para todas as partes, especialmente para as pessoas, comunidades e meio ambiente impactados, ao mesmo tempo que cria definitividade e segurança jurídica para as companhias”, de acordo com a Vale.

A proposta ainda depende da aprovação das partes da negociação, incluindo os governos federal e estaduais, além de entidades públicas. Mas o jornal O Globo publicou artigo informando que as autoridades não acreditam em uma solução consensual para o caso.

Vale (VALE3) e a tragédia de Mariana

A negociação com as autoridades acontece pouco mais de nove anos do rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015. A barragem fazia parte de um complexo da Samarco, que tem a Vale (VALE3) e a BHP como sócias.

O desastre deixou 19 mortos e centenas de desabrigados, além de provocar uma série de danos ambientais. A lama que escoou da barragem, que ficava no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), atravessou o Rio Doce e chegou ao mar do Espírito Santo.

Até o momento, os gastos para a reparação da tragédia somam aproximadamente R$ 37 bilhões, de acordo com a Vale. O valor inclui R$ 17 bilhões pagos a mais de 430 mil pessoas.

Ainda hoje, 15% das comunidades que sofreram o impacto do rompimento não foram reassentadas.

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Fonte: SeuDinheiro

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