Após notícias de que a divisão de metais da Vale (VALE3) estaria de olho em uma potencial fusão com a mineradora canadense Teck, a companhia veio a público na última sexta-feira (26) para esclarecer os rumores.
De acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora brasileira afirmou que sua potencial participação em qualquer aquisição, desinvestimento, joint venture ou outras oportunidades de negócios é avaliada “à luz das suas prioridades estratégias”.
Apesar disso, a Vale declarou que “não existe qualquer informação relevante a divulgar” sobre o tema. “A
companhia continuará mantendo o mercado informado oportunamente sobre quaisquer fatos relevantes”.
Ontem, fontes ouvidas pela Bloomberg afirmaram que tanto a Vale Base Metals quanto a Anglo American veem a Teck como um possível alvo para fusão, enquanto outras mineradoras como BHP e Freeport observam as movimentações estratégicas com interesse.
Fundada no início do século passado, a Teck está sediada em Vancouver, no Canadá, e atua na mineração de diversos metais, incluindo o cobre. Segundo a agência de notícias, são justamento os ativos de cobre que chamam a atenção do mercado e da unidade de metais da Vale.
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Vale destacar que a divisão terá um novo CEO em breve. A mineradora anunciou que o executivo Shaun Usmar assumirá seu segmento de metais básicos a partir do quarto trimestre deste ano.
Ele ficará sediado em Toronto, no Canadá, onde atua a Vale Base Metals e, em seu primeiro comentário, afirmou que “a Vale Base Metals está posicionada de forma única como uma empresa global focada em metais de transição energética para fornecer os metais críticos de que o planeta precisa à medida que faz a transição dos combustíveis fósseis.”
Usmar se refere aos metais que devem auxiliar na construção de baterias de nova geração, como o lítio, também chamado de “petróleo branco”, e o níquel.
O bilionário Elon Musk, dono da fabricante de carros elétricos Tesla, também está interessado neste setor. Em maio de 2022, a mineradora fechou um acordo com a montadora para o fornecimento de níquel, extraído pela Vale no Canadá.
A mineradora já havia declarado anteriormente que vende 5% de sua produção para o setor e planeja aumentar esse percentual para a faixa entre 30% e 40%. Até mesmo a Argentina entrou na disputa por um pedaço desse promissor mercado de mineração.
Fonte: SeuDinheiro