Uma briga judicial entre um fundo imobiliário e a Caixa Econômica Federal que já se arrasta há cerca de 14 anos pode enfim terminar. O banco propôs um acordo para encerrar todos os processos ligados à disputa com o FII Edifício Almirante Barroso (FAMB11).

De acordo com um comunicado enviado ao mercado na última quinta-feira (9), a CEF se comprometeu a pagar R$ 185 milhões ao fundo e seus advogados.

O BTG Pactual, responsável pela administração do FAMB11, afirmou que irá avaliar os termos da Caixa junto aos advogados.

Caso entenda que o acordo é válido, a administradora submeterá a proposta à análise dos cotistas. Atualmente, a base é composta por 2,4 mil investidores, incluindo 2,3 mil pessoas físicas.

Fundo imobiliário não distribui dividendos desde 2020

Vale destacar que, segundo o último relatório gerencial do fundo, publicado em junho, o total da dívida que o FII cobra do banco gira em torno de R$ 300 milhões.

O valor tem uma origem em uma ação revisional de aluguel protocolada contra a Caixa em 2010. A instituição financeira era locatária do uníco imóvel da carteira do fundo, o Edifício Almirante Barroso, localizado no Rio de Janeiro.

BALANÇOS DAS CONSTRUTORAS

De lá para cá, o processo se desdobrou em uma série de outras ações e o banco deixou o prédio em 2021.

Além disso, a briga levou à interrupção da distribuição de dividendos do FAMB11. A última vez que o FII depositou proventos na conta dos cotistas foi em novembro de 2020.

A partir do mês seguinte, o fundo reteve os valores recebidos pelo banco. Segundo a gestão, a medida foi adotada para fazer frente às despesas nos meses em que o imóvel ficaria vago.

Atualmente, a vacância do Edifício Almirante Barroso é de 89,31%. O percentual restante do ativo é ocupado por uma loja de utilidades e uma empresa de estacionamentos.

Fonte: SeuDinheiro

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