Se promessa é dívida, essa, Donald Trump fez questão de pagar: a deportação de imigrantes ilegais dos EUA — e o alvo da vez é o Brasil

O primeiro voo com brasileiros deportados estava previsto para chegar nesta sexta-feira (24), às 20h, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Minas Gerais. 

O grupo retorna ao Brasil depois que decretos foram assinados por Trump para endurecer a entrada e a permanência de imigrantes no país. 

A ampliação de medidas anti-imigração era uma das promessas de campanha do novo presidente norte-americano, que foi empossado oficialmente na segunda (20). 

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, compartilhou imagens de aviões e caminhões militares sobrevoando a fronteira, dizendo: “promessa feita, promessa cumprida”. 

Nesta semana, Trump também havia determinado o fim do direito de cidadania americana por nascimento em solo americano — e o juiz federal John Coughenour determinou o bloqueio temporário da medida, considerada inconstitucional.  

Além de questões humanitárias, as deportações em massa de Trump levantam outra preocupação — dessa vez para o mercado: a aceleração da inflação nos EUA. 

Repetidamente, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reconheceu a importância da mão de obra imigrante para o mercado de trabalho dos EUA. 

Se, em dezembro, o banco central norte-americano tratava as políticas de Trump no condicional — afinal, o republicano ainda não havia tomado posse — agora, elas são um problema concreto para a Powell e seus Fed boys and girls. 

Na quarta-feira (29), o mercado terá ideia do tamanho da dor de cabeça que vem pela frente e pode chegar à conclusão de que nem sempre vale a pena cumprir as promessas. 

Fonte: SeuDinheiro

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