Quem procura, acha. A China que o diga. Após investir mais de 100 milhões de yuans (R$ 82,5 milhões) no campo de ouro de Wangu, um dos centros de mineração mais importantes do país, o governo de Xi Jinping acaba de anunciar que encontrou o maior depósito de ouro do mundo “bem debaixo dos pés”.
Segundo informações divulgadas pela imprensa estatal, foram descobertos 40 veios de ouro (aberturas longas e estreitas nas rochas cheias do metal), que, juntos, podem conter 300 toneladas do minério precioso.
“Pode haver mais reservas em camadas mais profundas”, complementaram os geólogos chineses.
Para a economia da China, essa descoberta é como um pote no final do arco-íris, já que o novo depósito vale, aproximadamente, US$ 80 bilhões (R$ 420,2 bilhões).
A era de (do) ouro da China
O país asiático é um importante player na mineração global e domina a produção de metais preciosos usados na fabricação de novas gerações de baterias e eletrônicos. Além disso, também tem se dedicado a exportar tecnologia para extração de minérios, emitindo menos carbono no processo.
Em 2023, a China foi responsável por 10% da mineração de ouro global. A demanda pelo metal precioso tem se intensificado no país, devido às incertezas globais.
Segundo o Instituto Geológico da província de Hunan, responsável pelo depósito, a descoberta “pode ser significativa para ajudar a assegurar a segurança dos recursos do país”.
Logo após o anúncio da descoberta, a cotação dos contratos futuros de ouro subiu levemente, fechando o dia com alta de 0,35%. No entanto, a trajetória a longo prazo ainda é incerta.
Vale lembrar que, neste ano, o ouro teve uma alta expressiva, com valorização aproximada de 28%.
Em um cenário geopolítico turbulento, o metal é visto como uma reserva de valor importante, principalmente em um contexto no qual os títulos do Tesouro americano tendem a ficar menos atrativos como reserva, devido às perspectivas de queda de juros.
Soma-se a isso o fato de que muitos bancos centrais também têm comprado ouro para diversificar as reservas para além do dólar.
* Com informações do Independent
Fonte: SeuDinheiro
