O mercado financeiro aguarda com ansiedade o dia da decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), que só deve acontecer na próxima quarta-feira (18), mas os operadores já sabem o que vai acontecer: um corte nas taxas americanas.
Resta saber se esse corte será de maior ou menor ordem. Isto é: a redução dos juros será de 0,25 ponto percentual (p.p.) ou de 0,50 p.p. — e as apostas de um alívio monetário maior cresceram desde a última semana.
Porém, três senadores democratas dos Estados Unidos pediram que o Fed faça uma redução ainda maior nos juros, de 75 p.p., em carta enviada nesta segunda-feira (16) ao presidente do BC norte-americano, Jerome Powell.
O documento é assinado pela senadora Elizabeth Warren e pelos senadores Sheldon Whitehouse e John Hickenlooper.
Os argumentos para o Federal Reserve cortar juros ainda mais
“Há meses, pedimos que o Fed corte as taxas de juros”, afirmam os senadores na carta, alegando que o nível restritivo da política monetária não está “endereçando efetivamente” os catalisadores da inflação — como custos de moradias.
As autoridades dos EUA acrescentam que “claramente” chegou a hora de reduzir as taxas, diante da desaceleração dos preços e de dados indicando o arrefecimento do emprego no país.
Os senadores temem que o Federal Reserve esteja atrás da curva para iniciar o relaxamento da política monetária, o que justificaria um início mais agressivo dos cortes.
Assim, os membros do comitê exigem que a taxa seja reduzida para o nível de 4,5% a 4,75% já em setembro. “Se o Fed for muito cauteloso, colocará nossa economia desnecessariamente rumo à recessão”, concluem.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: SeuDinheiro