No começo da semana passada, os investidores digeriram o primeiro turno das eleições legislativas na França, quando a extrema-direita teve um resultado bastante significativo, ainda que sem maioria absoluta. 

O começo da próxima semana também deve ser marcado pela digestão do resultado do segundo turno do mesmo pleito. Porém, a formação de uma “frente ampla” após o avanço da extrema-direita pode garantir algum respiro para o atual presidente, Emmanuel Macron. 

Enquanto o primeiro turno na França foi vencido pela extrema-direita do partido Reagrupamento Nacional (RN), com pouco mais de 33% dos votos, a Nova Frente Popular (NFP), aliança de esquerda, levaria pouco mais de 28% e a aliança centrista do presidente Emmanuel Macron, 21%.

A maioria das disputas, porém, será decidida agora neste segundo turno e a aliança esquerdista e o grupo de Macron haviam combinado de retirar candidatos menos competitivos da votação final, de modo a aumentar as chances de derrotar a extrema-direita.

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Cenário atual das eleições na França

Em caso de vitória, essa seria a volta da extrema-direita ao poder pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45). Para formar maioria absoluta, os deputados precisam de 289 dos 577 assentos na assembleia nacional. 

Atualmente, Macron conta com 250 assentos, precisando do apoio de outros partidos para apoiar sua proposta. 

Vale destacar que, na França, as eleições legislativas ocorrem dentro de distritos eleitorais pré-estabelecidos. Para vencer em primeiro turno, o candidato de uma circunscrição eleitoral precisa de pelo menos 50% dos votos válidos. Ao mesmo tempo, os candidatos que não atingem 12,5% dos votos são eliminados do segundo turno.

Sendo assim, restam 501 cadeiras em jogo no segundo turno das eleições.

Para evitar uma canibalização nesse cenário, mais de 200 candidatos da aliança de Macron com a Nova Frente Popular concordaram em se retirar do segundo turno. Assim ,é possível tentar garantir alguma força dentro do parlamento.

Os resultados completos das eleições só devem ser conhecidos na segunda-feira (8). 

*Com informações da CNN Internacional e Estadão Conteúdo

Fonte: SeuDinheiro

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