O mercado financeiro não ficou alheio ao uso da inteligência artificial (IA) para tentar aumentar a produtividade e a eficiência operacional. Mas os resultados podem não ser tão bons como as manchetes estão mostrando, segundo o diretor de IA generativo do HSBC, Edward J. Achtner.

Na visão dele, há muito “sucesso teatral” circulando, enquanto os resultados de fato ainda são pouco tangíveis. Em evento realizado nesta semana, em Londres, Achtner recomendou uma abordagem mais cética para o uso da tecnologia.

Ele ainda reforçou que a inteligência artificial generativa (a mesma usada por chatbots como Chat GPT e Gemini) apresenta um tipo de risco “diferente” e tem que ser avaliada de um modo diverso ao de outros tipos de IA. 

Desde o boom da IA, no final de 2022, o próprio HSBC já usa aplicações em mais de 550 situações dentro do banco — do combate à lavagem de dinheiro e fraude usando técnicas de machine learning até no aprendizado de novos sistemas de IA generativa.  A instituição também tem parcerias com o Google.

As declarações de Achtner podem ser lidas como uma crítica indireta para empresas como a fintech sueca Klarna, que cortou 1.200 funcionários por conta da inteligência artificial. 

Em agosto deste ano, o CEO Sebastian Siemiatkowski afirmou que estava cortando o quadro devido ao potencial da IA de ter um “impacto relevante” nos empregos e na sociedade.

Quem tem medo de IA?

Fora do mercado financeiro e da Europa, também persiste o medo que a IA gere desemprego: três em cada quatro profissionais brasileiros acreditam que esta tecnologia os substituirá.

O levantamento foi feito no final de 2023 pela Page Interim, unidade de negócio do PageGroup especializada em recrutamento, seleção e administração de profissionais terceirizados e temporários.

De acordo com a pesquisa, feita em sete países da América Latina, 76,6% dos respondentes brasileiros creem que a IA afetará parcialmente os postos de trabalho na área em que atuam.

Também acreditam nessa possibilidade os participantes do Panamá (69%), do México (68%), do Peru (66%), da Colômbia (65%), do Chile e da Argentina (63% cada).

Gerente da Nvidia no Brasil desvenda o futuro da IA

No começo de setembro, convidamos Marcel Saraiva, gerente de vendas da divisão Enterprise da Nvidia no Brasil, para o podcast Touros e Ursos. 

No episódio, ele comentou sobre os impactos da IA em diversos ramos da economia e no mundo do trabalho. Dê play para se aprofundar no assunto:

* Com informações de CNBC.

Fonte: SeuDinheiro

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