Há quase 16 anos, o colapso de grandes bancos nos Estados Unidos se alastrava pelos mercados financeiros afora, derrubando bolsas e colocando as economias em recessão. Uma crise que assombrou o mundo — e Federal Reserve (Fed) tenta evitar a todo custo que esse fantasma volte.
Para isso, o banco central norte-americano começou a aplicar, com recorrência, os chamados testes de estresse — que, literalmente, submetem os grandes brancos do país a situações de estresse para testar a capacidade de empréstimo sob tais condições.
Nesta quinta-feira (29), o Fed anunciou uma revisão das definições das reservas de capital para esses grandes bancos dos Estados Unidos, em resposta ao teste de estresse conduzido em junho.
Estados Unidos dão a receita para fugir da crise
A receita para evitar uma nova crise entre os grandes bancos norte-americanos, segundo o Fed, passa por 4,5% de capital mínimo.
Os bancos que tiverem capital abaixo do nível requisitado, de acordo com o Fed, estarão sujeitos a restrições de capital e de pagamentos de bônus discricionários.
Também foi definido aos bancos que o requisito de reserva de capital de estresse seja de pelo menos 2,5%, a depender do banco, e pode ser aplicada uma sobretaxa de capital para os bancos maiores e mais complexos.
Os novos níveis, ainda de acordo com o Fed, passarão a valer em 1º de outubro.
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Passou pano, Fed?
Mas um dos grandes bancos norte-americanos ganhou um “alívio” nas exigências de capital estabelecidas pelo BC dos Estados Unidos.
O banco central norte-americano reduziu o nível de capital extra exigido ao Goldman Sachs, depois que a instituição pediu uma reconsideração das exigências.
Com isso, o Goldman deve manter uma reserva de capital de estresse de 6,2%, abaixo dos 6,4% sugeridos no teste de junho.
Fonte: SeuDinheiro