O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse à CNN que vai atuar para “mediar conflitos” e “pacificar os ânimos” depois de diferentes episódios percebidos como intervenções do governo Lula no mercado privado.

Haddad admitiu que estava pouco presente nas discussões polêmicas, envolvendo companhias como Petrobras, Eletrobras e Vale, mas que agora quer participar mais e, eventualmente, até “corrigir a rota quando estiver equivocado”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se propõe a atuar como um “mediador” para acalmar os ânimos entre governo e mercado nas polêmicas em torno de interferências em empresas como a Petrobras e a Vale.

“Eu estava distante desse debate, estou menos distante desse debate, quero fazer esse tipo de mediação. Não vejo nenhum problema em corrigir a rota quando estivermos passando uma mensagem equivocada”, disse o ministro.

“O que eu e minha equipe pudermos fazer para pacificar os ânimos, esclarecer e passar mensagens construtivas e eventualmente corrigir rota, é obrigação do Ministério da Fazenda”, afirmou.

O ministro classificou o recente episódio da retenção dos dividendos da Petrobras, que levou à empresa a perder bilhões de valor de mercado, como um “ruído de comunicação”, e disse que o assunto ainda está em estudo.

Haddad atuou para mediar o conflito entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Depois desse episódio, a Fazenda indicou um representante para o conselho da petroleira.

O ministro também defendeu a intenção do governo de participar mais do comando da Eletrobras, todavia não mencionou reestatização. O governo está questionando o assunto no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Me parece absolutamente natural discutir a representação do governo no conselho da Eletrobras, tanto que estão ocorrendo reuniões de conciliação sobre esse assunto”, disse Haddad.

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