A Petrobras (PETR4) decide nesta quinta-feira (25), em Assembleia Geral Ordinária que começa às 13h (horário de Brasília) em formato híbrido, se aceita a proposta do Conselho de Administração da estatal de pagar 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido integralmente retidos.

Em nota divulgada na sexta-feira (19), o conselho afirma que entendeu – por maioria – serem satisfatórios os esclarecimentos e atualizações apresentados pela Diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores sobre a “financiabilidade da companhia no curto, médio e longo prazo e da preservação da governança”.

Ainda segundo o conselho, a distribuição dos dividendos não comprometeria a sustentabilidade financeira da companhia.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

A expectativa é de que, assim, se resolva uma disputa que abalou o mercado brasileiro devido às preocupações de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estivesse exercendo muita influência sobre o produtor de petróleo controlado pelo Estado.

O acordo entregará quase R$ 22 bilhões (US$ 4,23 bilhões) aos acionistas, incluindo o governo. Isso é metade dos quase R$ 44 bilhões que a empresa tinha disponíveis para distribuir. Embora Lula quisesse manter todos os fundos para reinvestir nas operações da Petrobras, o conselho concordou com um acordo sob pressão de investidores que queriam um pagamento integral.

A notícia do acordo levou os investidores gerou alívio para o mercado, com muitas casas de análise destacando visão positiva para a companhia após a notícia.

Continua depois da publicidade

O Bradesco BBI elevou a recomendação da Petrobras de neutra para outperform (equivalente a compra) nesta semana depois da recomendação do conselho. A visão mais positiva do BBI considera também um ambiente melhor do que o esperado, com apoio do preço do petróleo Brent. Por outro lado, aponta a Genial, apesar do dividendo a ser distribuído ser interessante (cerca de R$1,65/ação), a retenção de metade dos recursos demonstra vontade da empresa de incrementar ainda mais o plano de investimentos da empresa em negócios pouco interessantes, o que ainda leva a uma visão cautelosa para o papel.

Além dos dividendos, a Petrobras ainda tem na pauta da assembleia a eleição para as 11 vagas no Conselho de Administração. Para o conselho, a AGO (Assembleia Geral Ordinária) escolherá entre 14 candidatos. O governo indicou 8, mas devendo manter seus 6 assentos atuais, como do CEO da companhia, Jean Paul Prates, e o presidente do Conselho de Administração, Pietro Mendes.

Cabe destacar que, no último dia 17, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, derrubou a decisão da primeira instância e reconduziu Mendes à presidência do Conselho de Administração. Para a assembleia desta quinta , Pietro foi indicado pela União para ser reconduzido para presidir o colegiado. Ao todo, o governo indicou oito nomes para a renovação do conselho.

A União também indicou Rafael Dubeux, secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Foram indicados também dois novos nomes pelo governo federal: Ivanyra Maura de Medeiros Correia, engenheira de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ), e Benjamin Alvez Rabello Filho, advogado formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Também foram indicados para serem reconduzidos, Bruno Moretti, Renato Campos Galuppo e Vitor Eduardo de Almeida Saback. A lista não tem o nome de Sergio Machado Rezende, que compõe o Conselho e foi afastado pela Justiça de São Paulo no mês passado.

(com Agência Brasil e Bloomberg)

Fonte: InfoMoney

Share.