O Bradesco BBI mantém recomendação neutra para a Auren (AURE3), com preço-alvo de R$ 15, o que implica em potencial de valorização de 26% sobre o fechamento da última quinta-feira (28) de R$ 11,90, uma vez que vê relação risco-retorno equilibrada, com redução da alavancagem e potenciais dividendos mais elevados.

O banco comenta que o ciclo de investimento da companhia praticamente terminou e sua alavancagem financeira Dívida líquida/Ebitda no ano de 2024 deve cair de 1,8 vez para 1,5 vez.

Dessa forma, para atingir uma meta presumida de 2,5 vezes Dívida líquida/Ebitda, a Auren poderia pagar dividendos adicionais de R$ 1,6 bilhão, aumentando o rendimento total de dividendos de 2024 de 5% para 18,5%, o que pressupõe um pagamento de 95%, ou se surgir a oportunidade de M&A, poderia reduzir o pagamento do exercício fiscal de 24 para 25%, abrindo assim espaço para aplicar R$ 2,0 bilhões em aquisições.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

Em relação aos movimentos de fusões e aquisições, o BBI destaca que Auren pode estar interessada na AES Brasil, dadas as sinergias operacionais e um ativo hidrelétrico de alta qualidade. A alavanagem combinada da empresa no ano de 2024 seria de aproximadamente 4,2 vezes, portanto, talvez uma oferta subsequente poderá ser necessária.

A equipe de research do banco também revisou para cima as projeções de despesal com PMSO (folha de pagamento, materiais, serviços e outros) da Auren para R$ 618 milhões em 2024 e R$ 652 milhões no próximo ano. Este nível de despesas operacionais baseia-se na dinâmica observada no ano passado e é impulsionado principalmente por despesas operacionais mais elevadas. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) está estimado em R$ 1,630 bilhão em 2024 e R$ 1,740 bilhão em 2025, 3% e 4% abaixo do consenso de mercado.

Por outro lado, o BBI comenta que o próspero negócio de comercialização de eletricidade da Auren compensa parcialmente o aumento das despesas operacionais. Daqui para frente, de forma conservadora, o banco espera geração fluxo de caixa do suficiente para mitigar seu próprio OPEX de R$ 120 milhões por ano (ou seja, Ebitda no ponto de equilíbrio). No entanto, poderá existir risco ascendente se a Auren cumprir a sua orientação de negocia a 2,5 vezes a sua capacidade firme/ano, ganhando uma margem de negociação de cerca de R$10 a R$ 15 Megawatts hora (MWh). No último cenário, o Ebitda da negociação poderia aumentar em R$ 200 a 280 milhões/ano e, assim, adicionar ao nosso valor justo de R$ 0,8 por ação.

Continua depois da publicidade

Por fim, analistas comentam que um ponto de atenção em relação aos ativos eólicos e solares da Auren (30% do NAV) é a redução da produção não reembolsável que deverá ser um problema persistente no futuro..

Fonte: InfoMoney

Share.