A Yduqs (YDUQ3) apresentou números vistos como neutros ou ligeiramente negativos de acordo com analistas no balanço do primeiro trimestre de 2024. Apesar de linhas dentro do esperado, a margem apareceu mais pressionada que o esperado. Com isso, às 10h10 (horário de Brasília), YDUQ3 caía 5,12%, a R$ 14,81.
Para o Bradesco BBI, os números, apesar de fracos, vieram de acordo com as expectativas mas o segundo trimestre de 2023 deve trazer recuperação. As linhas impactadas no trimestre, como a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) e menor admissão no Ensino a Distância (EaD), devem se recuperar no próximo período.
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A visão da XP foi neutra em relação aos números apresentados. O crescimento de receita foi destaque nas três Unidades de Negócios (BUs) e foi impulsionado também por aumentos de tickets no geral, assim como números ligeiramente positivos de captação.
A pressão por aumento de PDD (provisão por devedores duvidosos) foi ressaltada também pela corretora, assim como o Itaú BBA. Apesar de ainda trazer alavancagem considerada alta, a Yduqs tem demonstrado redução gradual. Mesmo considerando os resultados neutros, o Research da XP continua apostando no setor educacional e destaca o “momentum” de resultados.
Apesar do balanço apresentar dados positivos na receita, o Morgan Stanley destaca que o trimestre teve mais pontos negativos. Dentre eles, estão a admissão abaixo do esperado no EaD e a demanda mais fraca. O banco estrangeiro ressalta que é possível que a demanda impacte a competição de preços, que deve se tornar mais agressiva. Apesar de considerar a PDD como algo relevante para o balanço, a principal preocupação do banco é a DIS (Diluição Solidária), que pode se tornar um problema no longo prazo. A DIS é uma campanha que permite aos estudantes pagarem R$ 49 nos primeiros meses do processo de captação e diluir a diferença no valor integral das parcelas.
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Já receita total e lucratividade ficaram em linha com expectativas, mas com tendências mais suaves, em especial no setor Digital, de acordo com o Itaú BBA. O segmento decepcionou com menores volumes de admissão que o esperado, assim como a pressão de margem de 1,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O dado é motivado pelo aumento de 53% em despesas com as chamadas PDD no segmento de EaD.
O lucro líquido, apesar de alinhado às orientações quando ajustado, não demonstrou crescimento expressivo sem ajustes (+1%). Os resultados foram considerados negativos pelo BBA, que ressaltou também a ausência de orientações (guidance, em inglês) para o próximo trimestre.
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Números limpos, aumento de receita líquida mas provisões mais altas que o esperado resumem o balanço para o BTG Pactual. A ausência de efeitos não recorrentes foi suficiente para que a análise considerar o balanço de forma positiva, com números em linha com o esperado.
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Visão da teleconferência
Um dos principais pontos endereçados pela administração da companhia trata de gastos que impactaram o balanço. O gasto com marketing foi explicado como esperado e parte da estratégia da companhia.
“Como opção nossa, gastamos um pouco mais aqui”, disse Eduardo Parente, CEO da companhia, sobre o aumento de despesas de marketing. Rossano Marques, CFO da Yduqs, destacou que o trimestre foi marcado por crescimento de receita em todos os segmentos, ressaltando o bom desempenho do presencial. Em relação às despesas, o executivo explicou o aumento de PDD como efeito não recorrente, embora tenha aumentado 2%.
“Não, não preocupa, não estagnou”, afirma o CEO sobre o avanço do EaD. O “esgotamento” do segmento foi rechaçado pelo CEO, que considera que há espaço de crescimento considerando a demanda da população por ensino superior. “A gente vai buscar a linha de publicidade por aluno, que a nossa é, disparado, a menor do mercado. Já era planejado desde o início e está perfeitamente alinhado com o plano que fizemos”, comenta.
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A ampliação do acesso pela internet e a possibilidade de ensino com preços mais modestos são os pontos de maior relevância para a modalidade, que deve se manter em alta. “Tem muita gente para vir estudar ainda e o acesso, para quem está de fora, é o EaD”, ressalta Parente, destacando também o crescimento tanto do presencial quanto do semi-presencial.
Fonte: InfoMoney