O Ibovespa opera estável nesta quarta-feira (8), aos 129,2 mil pontos, enquanto investidores evitam se posicionar antes da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que irá definir a nova taxa de juros.

A decisão e o comunicado serão divulgados após o fechamento do mercado, podendo ajudar a definir o retorno ou não do Ibovespa aos 130 mil pontos. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano, e há uma divisão entre especialistas, se o comitê irá cortar, novamente, 0,5 ou reduzir ritmo a 0,25 ponto porcentual.

“Confirmada a desaceleração do corte (da Selic), os investidores deverão refazer as contas para a segunda metade de 2024”, destaca a Levante, em relatório. “Mais importante do que a Selic em si, porém, será a eventual sinalização do comportamento futuro dos juros – ou a ausência dessa sinalização”, acrescenta.

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Assim, um Copom mais “duro” poderá reduzir o ímpeto do Ibovespa, que chegou a se aproximar dos 130 mil pontos, mês passado, mas não conseguiu se manter neste patamar. “A única certeza é que, nesta noite, os falcões estarão soltos. A duração de seu voo é a incógnita de vários bilhões de reais”, sustenta a Levante.

Análise técnica: Ibovespa

Do pontos de vista da análise técnica, as atenções se mantêm na resistência dos 129.875 pontos, que precisa ser rompida, destaca o analista técnico Rodrigo Paz.

Segundo ele, caso ocorra esse rompimento, o IBOV poderá seguir com fôlego nas compras para buscar novas faixas de resistência.

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“Rompendo tal região, tende a buscar resistência nos 130.670, com alvo mais longo nos 131.675/132.000 pontos.”

Do contrário, caso a bolsa retome o fluxo vendedor, deverá buscar a região relevante de suporte nos 128.275 pontos.

“Se romper tal faixa, poderá acelerar as perdas a fim de buscar região de suporte nos 127.825, com alvo mais longo nas regiões de 126.375/125.850 pontos”, acrescenta.

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Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Paz

Ibovespa: índices setoriais

Enquanto isso, os analistas do Itaú BBA, Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, destacam que o Ibovespa segue positivo na semana – alta de 0,5%; no mês, o IBOV sobe 2,5% –, mas que isso “não é uma boa representação do que está acontecendo no mercado.”

“Isso porque poucos índices conseguiram marcar novas máximas. Em geral, o movimento é de pausa nas altas recentes como mostram os índices SMLL, INDX, IMAT, entre outros”, escreveram, em relatório desta quarta-feira.

Para eles, o índice precisa caminhar em direção às resistências dos 130.000 pontos e o patamar de 131.700 pontos para criar condições de um primeiro rali de Bolsa em 2024.

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Por outro lado, caso esse direcional não seja atingido, se perder os 127.100 pontos, o Ibovespa “deixará sinal de topo e poderá buscar novamente a mínima recente deixada em 123.300 pontos.”

Relatório análise técnica Itaú BBA

“O Ibovespa está em recuperação e se afastou da região crítica dos 124.800/123.300 pontos. Vale lembrar que para uma alta consistente, o movimento precisa estar espalhado entre outros segmentos e setores do mercado, o que atualmente ainda não está”, analisa o BBA.

“Importante lembrar que sob uma visão de médio prazo, enquanto o índice permanecer acima de sua média móvel 200 períodos, o grande alvo a ser perseguido em 2024 continua a ser a região dos 150 mil pontos”, acrescenta.

Fonte: InfoMoney

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