O Ministério das Finanças do Japão comunicou nesta sexta-feira (29) em nota, que não realizou nenhuma intervenção cambial no período entre 28 de fevereiro e 27 de março deste ano, apesar de alertas recentes sobre a possibilidade de tomar “medidas decisivas” para interromper a desvalorização do iene. Nesta semana, a moeda japonesa registrou seu menor nível contra o dólar desde julho de 1990.
Na avaliação de Mohamed El-Erian, economista, presidente do Queens’ College da Universidade de Cambridge e ex-CEO da gestora americana Pimco, as autoridades japonesas estão intensificando uma espécie de “intervenção verbal” para manter a cotação da moeda japonesa em patamares mais aceitáveis, mas que até agora as medidas tiveram “sucesso limitado” para reverter a depreciação do iene japonês frente ao dólar. A declaração foi feita pelas redes sociais do especialista nesta sexta-feira (29).
As reported by Bloomberg, the Japanese authorities are intensifying their “verbal intervention” to support the currency, but so far, with limited success in reversing the Yen’s depreciation, despite the Bank of Japan’s rate hike and exit from YCC (yield curve control).#Japan… pic.twitter.com/rMBLRnm9Jz
— Mohamed A. El-Erian (@elerianm) March 29, 2024
Anteriormente, em outra postagem feita nesta semana, El-Erian já havia defendido que o fenômeno de desvalorização da moeda japonesa frente ao dólar é reflexo da visão do mercado de que o processo de normalização monetária conduzido pelo Banco do Japão (BoJ) é “muito lento e longo”.
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Further to earlier posts:
The Yen touched weaker levels against the dollar not seen since 1990 as markets test the authorities’ appetite for fx intervention.
Underneath this is a market view that Japan’s monetary policy normalization journey is too slow and too long.#economy… pic.twitter.com/sK8mXBsaXt— Mohamed A. El-Erian (@elerianm) March 27, 2024
Neste mês, o BoJ abandonou sua política de taxas de juro negativas e realizou o primeiro aumento das taxas em 17 anos. A decisão representou uma reformulação no quadro de flexibilização monetária que visou acabar com a tendência de deflação no país.
Na ocasião, o BoJ decidiu orientar as taxas de juro de curto prazo para um intervalo entre zero e 0,1%, julgando que o seu objetivo de atingir uma inflação estável de 2% está “à vista”.
A autoridade monetária japonesa foi a última a sair das taxas negativas e encerrar um período em que as autoridades em todo o mundo buscaram sustentar o crescimento por meio de dinheiro barato e ferramentas monetárias não convencionais.
Fonte: InfoMoney