A M. Dias Branco (MDIA3) inicia a partir de junho as vendas do seu novo macarrão instantâneo. A empresa vai usar a marca Adria para comercializar seu lámen e brigar por espaço com a Nissin, líder disparada na categoria, com a marca Miojo.

Internamente, a regra é agregar valor às massas da companhia. A M. Dias investiu R$ 100 milhões nos últimos três anos para desenvolver o novo produto com tecnologia exclusiva e ganhar espaço num mercado que movimenta anualmente mais de R$ 4 bilhões no Brasil.

“Esse é um projeto que se insere na nossa busca por alavancas de crescimento com produtos de alto valor agregado. O produto está sendo apresentado aos clientes durante a Apas”, disse Fabio Celafy, diretor de novos negócios e relações com investidores da M. Dias Branco, durante conferência com analistas e investidores.

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A tarefa não será fácil. A M. Dias Branco encerrou 2023 com uma fatia de 10% da categoria de lámen. Porém, a Nissin, considerada a concorrente número um, abocanhou sozinha quase 62% do mercado de macarrão instantâneo no ano passado.

Porém, qualquer ponto percentual conta. Nos últimos cinco anos, o mercado de lámen no Brasil teve um crescimento médio, em volume, de 3,5%. Já em receita, o crescimento médio anual dos últimos anos foi superior a 10%.

O lançamento do novo produto vem em um momento em que a empresa apresentou queda na participação de mercado na categoria de massas. Os dados do resultado trimestral da companhia mostram que o market share encolheu 3,1 pontos percentuais nos primeiros três meses do ano, para 28,6%, em comparação ao mesmo período do ano passado.

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“Abaixo de um terço do mercado é algo que a gente não gosta muito. Qualquer coisa acima de um terço é sempre um balanço entre market share e rentabilidade”, disse o vice-presidente de investimentos e controladoria, Gustavo Theodozio.

Segundo o executivo, a companhia tem buscado recuperar sua participação, porém, sem abrir mão da rentabilidade. No caso do novo lámen, o valor médio é 80% maior do que a média das outras massas da M. Dias, considerando os reais por quilo de produto.

Fonte: InfoMoney

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