Após reportar um trimestre com pontos vistos para serem comemorados pelos analistas de mercado, o presidente do Magazine Luiza (MGLU3), Frederico Trajano, afirmou que abril segue a tendência do primeiro trimestre de 2024 (1T24), com vendas fortes nas lojas físicas. Entre janeiro e março, esse canal já apresentou o melhor desempenho dos últimos 2,5 anos.
“Com relação às lojas físicas, abril está ainda melhor que o primeiro trimestre. Substancialmente melhor. Estamos muito satisfeitos com o desempenho”, afirmou, em teleconferência com analistas para comentar os números do 1T24.
As vendas nas lojas físicas no primeiro trimestre somaram R$ 4,6 bilhões, crescimento de 8% na comparação com igual período do ano passado.
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No comércio eletrônico, as vendas totalizaram R$ 11,5 bilhões no período, alta de 1% e, no market place, as vendas chegaram a R$ 4,6 bilhões, avanço de 6% na comparação com igual período do ano passado.
De forma geral, as vendas estão se dando em todas as categorias de produtos, mas com uma melhor performance em móveis, portáteis e eletrodomésticos.
Segundo Trajano, a continuidade da melhora das lojas físicas está ligada a uma melhora de cenário macroeconômico, com juros mais baixos na comparação com o mesmo período do ano passado, e o Difal, que é um imposto cujo objetivo é equilibrar a arrecadação de impostos entre os estados de onde é feita a venda e o destino. Com essa incidência, ficou menor a diferença de preço entre a venda online e física.
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Sobre o market place, em que são vendidos produtos de outros vendedores, o Magazine Luiza tem dois objetivos: crescer com rentabilidade e elevar NPS, metodologia usada para medir satisfação dos clientes, dos sellers.
“A gente quer um canal rentável. Crescer só se for com rentabilidade alta. (…) O foco na Magalu continua sendo no crescimento de lucro. Queremos continuar aumentando as nossas margens”, disse.
Sobre os sellers, eles possuem um NPS em torno de 65 pontos e o objetivo é levá-los para 80. Com isso, alguns foram desligados nos últimos meses. Essa melhoria passa por prazos de entrega e atendimento.
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Outras frentes da varejista são a plataforma de anúncios digitais, a Magalu Ads, e os serviços na nuvem para o comércio eletrônico, que é o Magalu Cloud.
Mais crescimento
Trajano afirmou que a empresa já fez o pagamento das dívidas que venceriam neste ano e que o próximo pagamento está previsto apenas para o final de 2025. Dos R$ 3 bilhões a vencer, quase R$ 1 bilhão foi pago no primeiro trimestre e o restante, em abril.
“Essa era uma questão que respondemos exaustivamente no ano passado e a gente praticamente aniquilou essas preocupações. O próximo vencimento é só no final de 2025. Não temos mais dívida bancária de curto prazo e acho que isso também é um símbolo da grande evolução operacional da companhia”, disse durante teleconferência com analistas.
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Roberto Bellissimo, diretor financeiro da empresa, explicou ainda que as despesas financeiras devem continuar em queda. Em março, elas representavam 4,1% da receita líquida, queda de 2,9 pontos percentuais em relação ao que foi registrado no primeiro trimestre do ano passado. A expectativa é que com o aumento do fluxo de caixa e redução do CDI, possa caminhar para em torno de 2,5%, proporção que já foi registrada no passado.
Sobre o Luiza Cred, financeira em parceria com o Itaú, tem mostrado uma melhora dos resultados, com a inadimplência (atrasos acima de 90 dias), caindo de 10,6% para 9,4% em um ano. O lucro líquido da operação ficou em R$ 13 milhões, ante prejuízo de R$ 35 milhões no primeiro trimestre de 2023.
Com alívio dos juros, passou a ser oferecido para os clientes maiores prazos para pagamento, o que também deve contribuir para ajudar a elevar as vendas.
Fonte: InfoMoney