A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve nesta terça-feira sua previsão de crescimento relativamente forte da demanda global de petróleo em 2024 e admitiu que há uma chance de a economia mundial se sair melhor do que o esperado este ano.
Em relatório mensal, o cartel de produtores disse que a demanda mundial de petróleo aumentará em 2,25 milhões de barris por dia (bpd) em 2024 e em 1,85 milhão de bpd em 2025. Ambas as previsões não sofreram alterações em relação às feitas no mês passado.
A Opep ainda espera que a oferta de combustíveis líquidos do Brasil suba 120 mil barris por dia (bpd) neste ano, para uma média de 4,3 milhões de bpd. Para o próximo ano, a projeção é de alta de 180 mil bpd, a 4,5 milhões de bpd.
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O cartel destacou o Brasil como um dos três países de fora da Opep que mais deverão impulsionar o avanço da oferta global. Em 2024, o País figura em terceiro lugar, atrás de EUA (+440 mil bpd) e Canadá (+240 mil). Em 2025, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos (+500 mil).
A produção brasileira de combustíveis líquidos caiu 78 mil bpd em março, à média de 4,2 milhões de bpd, segundo a Opep. No entanto, na comparação com março de 2023, o resultado representa uma alta de 300 mil bpd.
Esse é o último relatório antes que a Opep+, que agrega a Opep e seus aliados liderados pela Rússia, se reúna em 1º de junho para definir a política de produção. A Opep deu um tom otimista sobre as perspectivas econômicas.
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Projeções de PIB
“Apesar de certos riscos negativos, o ímpeto contínuo observado desde o início do ano pode criar potencial adicional de crescimento econômico global em 2024 e em diante”, disse a Opep.
Quanto à perspectiva econômica, a Opep segue prevendo que o produto interno bruto (PIB) global terá expansão de 2,8% este ano e de 2,9% em 2025. Apenas para os EUA, porém, a Opep revisou suas projeções de crescimento para cima, de 2,1% para 2,2% em 2024 e de 1,7% para 1,9% em 2025.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o cartel segue prevendo que o Brasil crescerá 1,6% neste ano e 1,9% no próximo.
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(Com Reuters e Estadão Conteúdo)
Fonte: InfoMoney