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Como Trump e Musk podem cruzar uma linha perigosa que desafia a Constituição

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Não é raro que presidentes em início de mandato exagerem, mas Donald Trump está flertando com uma linha que não deveria ser cruzada — e ele conta com a ajuda poderosa de Elon Musk para isso. 

O chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) está se aproximando de sua mais nova vítima — uma agência governamental independente criada para proteger os norte-americanos dos excessos de Wall Street que causaram a Grande Recessão.

A agência — que há muito tempo está na mira do Partido Republicano — parece estar seguindo um caminho semelhante ao da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) — que salvou milhões de vidas ao redor do mundo e promoveu a democracia por décadas — e que Musk condenou. 

No domingo (9), Trump chamou a Usaid de “uma grande farsa”.

A questão é que o uso descontrolado do poder executivo por Trump para estrangular agências consagradas na lei, demitir funcionários e interromper gastos já aprovados pelo Congresso está levantando alarmes de que ele está desafiando abertamente a Constituição, tomando um poder que a presidência não tem.

Mais alarmante ainda é o papel de Musk, considerado por muitos analistas políticos como sem precedentes. 

O homem mais rico do mundo está demitindo ou suspendendo funcionários do governo, destruindo o soft global power dos EUA e acessando dados e informações privadas sobre potencialmente milhões de norte-americanos com o aval de Trump.

A justiça interveio para interromper temporariamente os planos de Trump e Musk, mas tudo está caminhando para um dos confrontos mais significativos sobre o escopo do poder presidencial na história moderna — que está destinado a uma Suprema Corte cuja maioria conservadora tem uma visão expansiva da autoridade executiva.

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Enquanto flerta com limites da lei, Trump toca o plano de tarifar países e setores — nesta segunda-feira (10) foi a vez do aço e do alumínio.

Depois de anunciar a taxação de 25% às importações do setor no domingo (9), o republicano assinou o decreto na noite de hoje. 

A medida potencialmente afeta o Brasil, que manda 60% da produção siderúrgica para os EUA.

Agora basta saber se o presidente Lula vai cumprir o que prometeu: tratar os norte-americanos com reciprocidade. 

Fonte: SeuDinheiro