Um dia após vir a público que a Justiça embargou as obras do Complexo Boa Vista, um dos principais empreendimentos da JHSF Participações, as ações da companhia (JHSF3) operam em forte queda no mercado.

Por volta das 12h desta sexta-feira (12), os papéis registravam um recuo de 7,22%, a R$ 4,24. Trata-se da terceira maior queda entre todas as ações da bolsa brasileira — acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.

A JHSF se pronunciou sobre a decisão judicial nesta manhã. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informou que seus advogados avaliam o “sentido e alcance” da liminar expedida na última quinta-feira (10) que determinou a paralisação de todas as atividades do empreendimento da empresa em Porto Feliz (SP).

O embargo foi concedido a pedido do Ministério Público de São Paulo, que alega que a JHSF e outras duas companhias — a Canária Administradora de Bens e a Polônia Incorporações — burlaram regras de licenciamento ambiental para as obras.

Os promotores argumentam que os licenciamentos foram emitidos tomando indevidamente por base frações menores de áreas e um número mais diminuto e menos complexo de atividades e intervenções do que se fosse considerado o todo do empreendimento.

O MPSP diz que foi adotado um “hábito corrente” das empresas privadas: expandir as atividades antes da obtenção das validações ambientais, que deveriam ser prévias. Confira os detalhes da tese do Ministério Público.

O que diz a JHSF (JHSF3)

Já a JHSF afirma que os imóveis em questão — que incluem o Fazenda Boa Vista (FBV), lançado em 2007 e o Boa Vista Village (BVV), de 2019 — foram submetidos de forma “transparente e tempestiva” aos devidos processos de estudos, relatórios ambientais e licenciamentos dos diversos órgãos competententes.

A companhia destaca que o segundo empreendimento foi lançado somente a 12 anos após o primeiro. Posteriormento, em meio ao boom do mercado de segunda residência durante a pandemia de covid-19, a companhia adquiriu um novo terreno que dará origem a um terceiro empreendimento, o Boa Vista Estates (BVE)

Segundo a JHSF, esse terceiro loteamento é autônomo e fica, “inclusive, em área separada da
FBV e do BVV pela Rodovia Castelo Branco, o que torna lógico e evidente o sequenciamento dos
licenciamentos emitidos”.

A empresa informa ainda que está atuando para esclarecer o assunto, tomando todas as medidas cabíveis e manterá os clientes, agentes de mercado e acionistas informados a respeito do tema.

Fonte: SeuDinheiro

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