Quando fez uma oferta de cotas no final do ano passado, o Guardian Real Estate (GARE11) — anteriormente Guardian Logística (GALG11) — já tinha um pipeline bem definido. E, agora, os imóveis daquela lista serão oficialmente adquiridos pelo fundo imobiliário.

O FII vai adquirir um portfólio de R$ 843 milhões que inclui 21 ativos, um deles do segmento logístico e outros 20 de renda urbana. A carteira, que totaliza 140 mil metros quadrados em Área Bruta Locável (ABL), é composta por 11 lojas do Grupo Pão de Açúcar e nove do Grupo Mateus.

A maior parte dos ativos, ou 33% deles, está localizado em São Paulo, onde o FII já registrava presença. Ainda assim, a compra acrescentará sete novos estados à lista de distribuição geográfica do GARE11.

Após a conclusão da aquisição, o FII será dono de 25 empreendimentos no total, sendo 20 deles voltados para a renda urbana e cinco para a logística. Além disso, 100% dos contratos de locação serão atípicos e com um prazo médio de 17 anos — o maior da indústria, segundo o GARE11.

“O ingresso deste portfólio marca o avanço do fundo na ampliação da tese de investimento, mantendo os principais pilares da estratégia: bons ativos, contratos atípicos de locação, com multa de rescisão integral, de longo prazo e com inquilinos de excelente rating de crédito”, destaca a Guardian, gestora do FII, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira (25).

GARE11 pode anunciar novas compras e vendas em breve

De acordo com Gustavo Asdourian, sócio fundador da gestora, o movimento também reforça a gestão ativa de reciclagem do portfólio: “Esta nova carteira amplia sensivelmente nossa capacidade de absorver oportunidades de venda de ativos com lucro para o fundo e distribuição para o cotista.”

Vale relembrar que, no início do ano, o GARE11 vendeu um galpão da BRF em Salvador por R$ 280 milhões. De acordo com a Guardian, essa foi uma das operações mais rentáveis do mercado “nos últimos tempos”.

E, ainda segundo Asdourian, a gestora já tem propostas avançadas para vender três das lojas que entrarão no portfólio, com lucro na casa dos 20%.

Além das potenciais alienações, o fundo também pode anunciar compras no futuro próximo. “Já temos negociações avançadas para a estreia de nova tipologia no fundo, além de algumas frentes para mais ativos de renda urbana e logístico. Nosso pipeline já conta com mais de R$ 750 milhões de novas aquisições”, conta o gestor.

Fonte: SeuDinheiro

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