Assim como os “primos” FIIs, os Fiagros, ou fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais, não escaparam da onda de inadimplência que assolou o mercado no ano passado. Ainda assim, o patrimônio líquido da categoria mais que dobrou no último trimestre de 2023.

De acordo com o Boletim CVM Agronegócio, divulgado nesta segunda-feira (1) pela Comissão de Valores Mobiliários, a alta foi de 103%. O indicador saiu de R$ 18,7 bilhões em setembro para R$ 38 bilhões no último mês do ano passado.

A maior parte desses recursos, ou cerca de R$ 17,2 bilhões, está aplicada nos fundos agro voltados ao mercado imobiliário. Também conhecidos como Fiagro-FII, esses ativos representam 45% da indústria.

Mas outra categoria, a de fundos de investimento em participações, ou Fiagro-FIP, foi a que apresentou o maior crescimento. O PL da classe saltou de R$ 100 milhões para R$ 16,8 bilhões em um ano.

A disparada de mais de 160 vezes tem uma explicação: sete FIPs já existente e com um PL de cerca de R$ 17 bilhões optaram por migrar de classe e tornaram-se Fiagros.

Fiagro-FII são maioria e 12 deles reúnem mais de 15 mil cotistas

Além do patrimônio líquido, também houve um crescimento de 106% no número de fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais, que se aproxima de uma dezena.

A CVM contabilizou 97 representantes da classe no final do ano passado, contra 47 em dezembro de 2022. Novamente, os Fiagros-FII são maioria e equivalem a 50% do total de fundos. A categoria também é responsável pelos 12 únicos fundos a registrarem bases com mais de 15 mil cotistas.

Fonte: CVM

Já a menor porcentagem fica com os Fiagros do tipo FIDC, que investem em direitos creditórios ligados à atividade rural. A classe contava com 13 fundos em dezembro de 2023, ou cerca de 13% do total, enquanto os Fiagros-FIP representavam 37%.

Fonte: SeuDinheiro

Share.